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Senador Irajá nega acusação de estupro: "Episódio infame e traiçoeiro"

Senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) - Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado
do UOL

Luciana Amaral e Luis Adorno

Do UOL, em Brasília

23/11/2020 16h37Atualizada em 23/11/2020 19h25

Acusado de ter estuprado uma modelo de 22 anos em São Paulo, o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO), alega "total e plena inocência" e diz estar à disposição das autoridades. O advogado criminalista Daniel Leon Bialski, que defende o senador, afirma que Silvestre Filho "jamais praticou tal ato e repudia a acusação".

Na madrugada de hoje, a jovem registrou o caso no 14º DP (Distrito Policial), em Pinheiros, e agora é investigado pela Polícia Civil.

Em resposta à acusação, Silvestre Filho afirmou que lamenta "ter sido envolvido nesse enredo calunioso e difamatório que busca manchar o meu nome em função da visibilidade momentânea da função que ocupo".

De acordo com o relato de policiais militares que atenderam a ocorrência, amigos da modelo ligaram para o 190. Relataram que a jovem conheceu o senador durante um almoço em um restaurante no Jóquei Clube e, à noite, seguiram para uma casa de show onde consumiram álcool.

Durante a noite, a jovem perdeu a consciência e acordou em um flat. Segundo seus amigos, ela acordou durante o ato sexual forçado.

Nas notas enviadas à imprensa, o senador e a defesa não citam em momento algum a palavra "estupro". Silvestre Filho afirma não ter cometido "ilícito algum" e chama o caso de farsa, além de se referir a ele como "episódio infame, maldoso e traiçoeiro".

Irajá informou que compareceu de forma espontânea à delegacia de polícia responsável pela investigação e pediu para ser submetido, também de forma voluntária, a um exame de corpo de delito e toxicológico para "desmistificar o quanto aleivosamente alegado".

A defesa diz que "solicitou imagens da casa noturna, do trajeto percorrido e do flat". "Confiamos, como sempre, plenamente na Justiça", afirma a nota. "O senador Irajá aguardará com serenidade a conclusão das investigações e a comprovação da sua plena inocência."

O senador é filho de Kátia Abreu, que está internada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com covid-19. O UOL procurou a senadora para uma manifestação por meio de sua assessoria e aguarda retorno.

Leia a seguir a íntegra do texto divulgado pelo senador:

"Foi com surpresa, decepção, tristeza e indignação que tomei conhecimento do episódio infame, maldoso e traiçoeiro envolvendo a minha vida e minha dignidade.

Eu sempre pautei minha vida profissional, pública e pessoal pela ética, respeito e retidão, sendo inimaginável ser acusado de algo dessa natureza.

O fato é que, como principal interessado na revelação ampla e total de toda essa farsa, solicitei que meu advogado, Daniel Bialski, reforçasse às autoridades responsáveis pela investigação do caso que requisitassem a realização de exame de corpo delito na acusadora para comprovar a verdade.

Ressalto que compareci espontaneamente à delegacia responsável pela apuração dos fatos e pedi para ser submetido, voluntariamente, a exame de corpo de delito e toxicológico, tudo para desmistificar o quanto aleivosamente alegado.

As filmagens, demais provas e testemunhas hão de repor a verdade no seu devido lugar e vir a declarar minha total e plena inocência.

Confio na polícia e na Justiça e sei que ficará provado que jamais houve nada que possa tangenciar qualquer comportamento inapropriado de minha parte.

Lamento muito ter sido envolvido nesse enredo calunioso e difamatório que busca manchar o meu nome em função da visibilidade momentânea da função que ocupo.

Reitero que aguardarei a conclusão das investigações antes de fazer qualquer nova manifestação. Não pretendo ser atirado para essa arena sórdida. A verdade aparecerá e eu a aguardarei com serenidade.

Declaro e reitero que não cometi ilícito algum e estou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.

Senador Irajá"

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