Exército etíope ameaça a capital do Tigré com ataque 'implacável'
Adis Abeba, 22 Nov 2020 (AFP) - O exército etíope alertou neste domingo (22) sobre um iminente ataque contra Mekele, a capital da região dissidente do Tigré e sede do governo local, ao qual o governo federal tenta derrubar, pedindo à população civil que fuja enquanto é tempo.
"A próxima batalha decisiva será cercar Mekele com tanques", destacou o porta-voz militar Dejene Tsegaye à imprensa do governo, ameaçando estabelecer um local na cidade, bastião do Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF), que controla a região.
Este porta-voz dirigiu-se ao meio milhão de habitantes da cidade: "Salvem-se. Foram dadas as diretrizes para afastar-se do conselho, então não haverá mais a menor misericórdia".
Prêmio Nobel da Paz 2019, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, lançou essa operação em 4 de novembro contra o TPLF, acusando-o de tentar desestabilizar o governo federal e de atacar duas bases militares etíopes na região, o que as autoridades do Tigré negam.
No sábado, o governo afirmou que o exército federal avançava para Mekele e já havia tomado sob controle várias cidades, incluindo Aksum e Adigrat, a cerca de 117 km ao norte da capital regional.
Nenhuma afirmação das duas partes pode ser verificada com base em fontes independentes, já que o Tigré está praticamente isolado do mundo.
Não há nenhum balanço preciso dos confrontos, nos quais morreram centenas de pessoas desde 4 de novembro, de acordo com uma fonte independente.
Neste contexto, cerca de 36.000 etíopes chegaram ao Sudão, segundo a Comissão de Refugiados do país vizinho.
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