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RJ: Homem é preso no Leblon suspeito de agredir a avó

do UOL

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio

21/11/2020 16h31Atualizada em 21/11/2020 21h38

A Polícia Civil prendeu hoje um homem suspeito de agredir a própria avó de 76 anos. Segundo a polícia, Matheus Luz, 21, chegou a confessar em depoimento que queimava Maria Estella Vasconcellos da Silva com pontas de cigarro.

De acordo com as investigações, a denúncia sobre as agressões veio de moradores do prédio onde a idosa mora com o neto, no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. A polícia informou que vizinhos relataram que era possível ouvir Maria Estella apanhando diariamente. Eles disseram ainda que a idosa ficava na portaria do prédio com medo das atitudes de Luz.

Nas imagens do circuito interno do prédio, é possível ver que, em novembro do ano passado, o homem chega a jogar uma garrafa inteira de água na cabeça da avó. Logo em seguida, ele, de forma violenta, começa a bater no painel onde ficam os botões do elevador. A idosa ainda tenta acalmar o neto. Meses antes, em junho, em uma outra gravação, Matheus Luz empurra a porta do elevador, Maria Estella sai - ele parece estar discutindo - e o homem dá um chute na direção de um menino que estava dentro do elevador. É possível ver que a idosa percebe que a porta foi danificada devido a brutalidade de Matheus Luz.

De acordo com a polícia, o homem não trabalha, e a avó é quem o sustenta com o valor recebido da pensão. Um dos moradores do prédio disse que a idosa aparecia constantemente com lesões pelo corpo, porém alegava que havia sofrido uma queda.

Ao UOL, o delegado responsável Felipe Santoro disse que, em depoimento, a idosa disse que "não prestou queixa das agressões sofridas por ter adotado o neto ainda criança, quando ele tinha 5 anos. Além disso, a vítima disse ainda que os machucados aparentes no corpo, eram causados por causa da cadela".

A Justiça do Rio aceitou o pedido de prisão preventiva de Matheus Luz por lesão corporal com violência doméstica, discriminação e humilhação a pessoa idosa.

A reportagem do UOL tenta contato com a defesa do suspeito e atualizará o texto quando houver posicionamento.

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