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Bolsonaro e Trump deixam de participar de evento do G-20 sobre pandemia

Brasileiro embarcou para o Amapa; americano foi jogar golfe - Jim Watson/AFP/Getty
Brasileiro embarcou para o Amapa; americano foi jogar golfe Imagem: Jim Watson/AFP/Getty
do UOL

Jamil Chade e Eduardo Militão

Do UOL em Genebra (Suíça) e Brasília

21/11/2020 15h11

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não participou do debate público realizado pelo G-20 sobre a pandemia da covid-19 e sobre estratégias para preparar o mundo para enfrentar situações similares no futuro. Ele embarcava para Macapá.

O presidente derrotado dos EUA, Donald Trump, tampouco participou. Segundo a rede CNN, ele estava jogando golfe no momento do debate.

Virtual, a cúpula do grupo ocorreu de forma fechada. Mas os organizadores sauditas realizaram um evento paralelo com alguns líderes para reforçar a ideia de que uma resposta global seria necessária.

De acordo com a agenda do presidente, Bolsonaro partiria mais cedo para um compromisso. Ele estava em Brasília e embarcou para Macapá (AP) um pouco antes do início da discussão. Lá, visitará e subestações de energia. O estado convive com racionamento de luz e apagões desde 3 de novembro.

A assessoria do Planalto não prestou esclarecimentos ao UOL.

Em seu discurso principal, o presidente falou sobre a pandemia e, antes, enviou uma mensagem ao G-20 em que dizia que o "tempo" mostrou que ele estava certo sobre lidar com a crise.

Enquanto Bolsonaro embarcava, os sauditas abriram os debates, seguidos pelo presidente do conselho italiano, Giuseppe Conte. Roma assume a presidência do G-20 em 2021 e insistiu que seu foco será sobre criar condições para que o mundo possa dar uma resposta coordenada à crise.

Conte ainda defendeu "ampliar a cooperação com entidades multilaterais" e tornar a OMS mais eficiente. Para ele, esse é o momento que deve servir como "ponto de virada" para a humanidade "dar uma resposta às crises no futuro".

Pela América Latina, quem tomou a palavra foi Alberto Fernandez, presidente da Argentina. Ele insistiu que seu governo optou por colocar a "vida como prioridade".

O evento ainda contou com Emmanuel Macron, presidente da França. Para ele, a pandemia é um "teste para o G-20" e pediu uma ação global no que se refere ao esforço de imunizar as populações. O francês aposta em uma vacina até o final do ano. Mas, para se evitar "um mundo em duas velocidades", ele insiste na necessidade de que haja um esforço financeiro para que os produtos cheguem aos locais mais pobres do mundo.

Para lutar contra o "egoismo nacional", Macron insiste que a aliança de vacinas - conhecida como Covax - precisa de mais recursos.

A chanceler alemã Angela Merkel também apelou para os demais países do G-20 ampliem suas contribuições internacionais para garantir uma vacinação ampla no mundo. "Isso é de interesse de todos", disse. Ela também defendeu o fortalecimento da OMS e sua maior independência.

Também discursaram no evento o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

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