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Testes para Covid-19 devem desempenhar papel maior nas viagens internacionais, diz OMS

30/10/2020 17h59

Por Stephanie Nebehay e Emma Farge

GENEBRA (Reuters) - Os testes para detecção de Covid-19 devem ser mais amplamente usados em viagens internacionais do que quarentenas, disse o presidente do Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta sexta-feira.

Didier Houssin, presidente do painel independente de especialistas que assessoram a OMS sobre a pandemia, disse que é importante para a agência da ONU fornecer novas orientações sobre viagens aéreas internacionais seguras.

"E claramente o uso dos testes certamente deve ter um lugar muito maior em comparação com a quarentena, por exemplo, o que certamente facilitaria as coisas considerando todos os esforços que têm sido feitos pelas companhias aéreas e pelos aeroportos", disse Houssin em entrevista coletiva.

O especialista em emergência da OMS, Mike Ryan, disse que viajar agora é "relativamente seguro" e representa um risco "relativamente baixo" para a saúde, mas que "não há risco zero".

“Portanto, é um trade-off (balanço de riscos) que os países têm que fazer, o risco de um viajante chegar e potencialmente iniciar outra cadeia de transmissão, contra o benefício óbvio de permitir a viagem de um ponto de vista social e econômico”, disse.

"Você pode adicionar testes e diferentes medidas a isso. Estamos analisando isso agora. Estaremos em breve com mais conselhos para os países em termos de processo de gestão de risco."

Ryan disse que uma equipe internacional de cientistas liderada pela OMS realizou sua primeira reunião virtual com colegas chineses a respeito de investigações conjuntas sobre a origem do novo coronavírus, que surgiu na China em dezembro do ano passado.

Ryan alertou que é difícil fazer um trabalho científico sobre a origem do vírus em um ambiente "politicamente intoxicado".

"Somos cientistas. Queremos o melhor resultado científico possível, gerando as melhores evidências possíveis para a origem desta doença", acrescentou.

(Reportagem adicional de Brenna Hughes Neghaiwi)

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