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Prima de brasileira que morreu em atentado diz que família está "sem chão"

Simone Barreto Silva, brasileira morta em atentado em basílica de Nice, na França - Divulgação/ Lavage de la Madeleine
Simone Barreto Silva, brasileira morta em atentado em basílica de Nice, na França Imagem: Divulgação/ Lavage de la Madeleine
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/10/2020 08h28

Prima da brasileira que morreu em um atentado terrorista em Nice, na França, Rita de Cássia Barreto disse, em entrevista à GloboNews, que a família ficou "sem chão" com a notícia confirmada na noite de ontem.

A vítima Simone Barreto Silva tinha 44 anos e morava no país europeu há 30 anos, segundo informações do Consulado Geral do Brasil. Nascida em Salvador, na Bahia, ela tinha três filhos. Simone foi esfaqueada e morreu num restaurante quase em frente à catedral, onde tinha tentado se refugiar.

"Como é que a gente recebe uma notícia de uma pessoa católica, cristã, que sai de manhã para trabalhar e deixa seus filhos em casa, e por volta das 7h da noite a polícia liga e diz que essa pessoa não está mais em vida, não vai mais voltar. A gente está sem chão", disse Rita.

O ataque aconteceu por volta das 9h local (5h de Brasília) de ontem na basílica de Notre Dame e deixou outras duas pessoas mortas, além de vários feridos. O terrorista foi preso.

Segundo a prima Rita, Simone deixará uma imagem de alegria às pessoas que a conheciam. "Pessoa alegre, com a felicidade estampada no rosto, vontade de viver, onde chegava contagiava todo mundo e assim que vamos lembrar dela em todos os momentos", disse.

Simone celebrava Iemanjá na França

Nascida no Lobato, na Cidade Baixa, no subúrbio de Salvador, Simone Barreto, 44, estava na França "há pelo menos 30 anos". Simone tinha formação de cozinheira e atualmente trabalhava como cuidadora de idosos. Ela tinha nacionalidade francesa.

Segundo membros da Ala Mulheres na Resistência da Lavagem da Madeleine, evento cultural brasileiro que acontece há 19 anos em Paris, Simone e suas irmãs "participaram da Ala em 2019 e não vieram este ano por causa da covid-19". Ela teria vindo a Paris em 2019 com uma filha, ainda bebê.

Além disso, Simone era agitadora cultural em Nice e teria organizado, com suas irmãs e primas, a Festa de Iemanjá de Nice.

A reportagem da RFI falou com a Delegacia Central de Polícia de Nice, que não confirmou a informação, pois o delegado responsável pela Imprensa "teve um dia muito duro" e não faria plantão na noite desta quinta-feira.

*Com informações da RFI

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