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Presidente do PSG absolvido; Valcke escapa de pena de prisão em caso de direitos de TV

30/10/2020 11h40

Bellinzona, Suíça, 30 Out 2020 (AFP) - O presidente da beIN Media e do PSG, Nasser Al-Khelaifi, foi absolvido nesta sexta-feira em um caso de direitos de televisão, enquanto o ex-número dois da Fifa Jérôme Valcke se livrou de uma pena de prisão e foi condenado com 120 dias de multa diária condicional por uma acusação secundária

Os dois foram acusados de estabelecer um pacto pelas costas da Fifa, o que significaria "gestão desleal", com uma possível pena de cinco anos de prisão.

Após 10 dias de audiência em setembro, o MP solicitou 28 meses de prisão para Al-Khelaifi, três anos para Valcke e 30 meses contra um empresário grego, Dinos Deris, que foi absolvido nesta sexta-feira da acusação de "corrupção privada".

Nos três casos, a Promotoria havia solicitado que as penas fossem de uma suspensão parcial.

Para a Promotoria, Valcke vendeu seu apoio a beIN em troca do "uso exclusivo" de uma luxuosa mansão na Costa Esmeralda da Sardenha, comprada para ele por 5 milhões de euros no fim de 2013 por uma empresa que foi brevemente de propriedade de Al-Khelaifi .

O ex-secretário-geral da Fifa admitiu ter pedido a ajuda do dirigente do Catar para financiar a "Villa Bianca", poucos meses antes da assinatura, em abril de 2014, de um contrato entre a beIN e a entidade que administra o futebol mundial pelos direitos no norte da África e Oriente Médio das Copas do Mundo de 2026 e 2030.

Para os réus, totalmente exonerados na questão, os dois episódios não têm qualquer relação: ambos citaram um acordo "privado" e alegaram que pagar subornos não faria sentido porque a beIN, a única empresa na disputa, pagou um valor muito elevado pelo qual a Fifa nunca reclamou.

O grupo catari desembolsou 480 milhões de dólares pelos direitos dos dois Mundiais, 60% a mais que pelas Copas de 2018 e 2022, um contrato que Valcke chamou de "sublime para a Fifa".

Em um segundo processo, Valcke foi condenado a 120 dias de multa diária condicional por "falsificação de documentos", mas foi absolvido da acusação de "corrupção privada", após ter recebido 1,25 milhão de euros de Dinos Deris.

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