Petrobras reduz perdas a R$ 1,546 bi no terceiro trimestre
Rio de Janeiro, 29 Out 2020 (AFP) - A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (28) uma redução das perdas no terceiro trimestre de 2020, registrando seu terceiro resultado negativo seguido, resultante da crise econômica global provocada pela pandemia do novo coronavírus.
A empresa registrou perdas líquidas de 1,546 bilhão de reais de julho a setembro, muito inferiores às perdas de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre e de R$ 48,5 bilhões no primeiro.
No terceiro trimestre de 2019, a empresa tinha obtido lucro de R$ 9,087 bilhões.
O presidente da companhia, Roberto Castello Branco, afirmou, em um comunicado, que a rápida resposta à recessão global está começando a dar resultados.
"Apesar das restrições impostas pela pandemia e pelo ambiente incerto, nosso desempenho operacional e financeiro melhorou significativamente conforme demonstrado pelo aumento da produção de petróleo e gás natural e do fator de utilização de nossas refinarias e pela forte geração de caixa", acrescentou.
Segundo a empresa, as perdas do terceiro trimestre se devem a que os ganhos com maiores volumes de vendas de petróleo e derivados e maiores preços do Brent foram mais do que compensados por despesas financeiras, influenciadas por prêmios pagos na recompra de títulos.
O terceiro trimestre foi marcado, ainda, pela recuperação da demanda de derivados de petróleo no Brasil, com um aumento de 18% com relação ao trimestre anterior.
"Destacam-se a recuperação das vendas de diesel e gasolina. Esses produtos foram muito afetados pelo covid-19 no segundo trimestre de 2020 e sua recuperação trimestral foi a mais forte em nosso portfólio, tanto em termos de volumes quanto de preços", reforça.
A empresa destaca, ainda, que no terceiro trimestre foi mantido um nível alto de exportações e destaca que as exportações de petróleo bruto para a China "voltaram aos níveis pré-covid".
A Petrobras foi fortemente impactada pelas medidas de quarentena que derrubaram a demanda mundial de petróleo. Segundo a companhia, o setor sofreu sua pior crise em cem anos.
jm/gma/mvv
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