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Bolsa abre semana em queda de 0,24%, aos 101.016 pontos; dólar também cai

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto
do UOL

Do UOL, em São Paulo

26/10/2020 17h13Atualizada em 26/10/2020 17h38

Sucumbindo às perdas em Wall Street, o Ibovespa abriu a semana em queda de 0,24%, aos 101.016,96 pontos. Durante o dia, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) chegou a perder o patamar dos 100 mil pontos, influenciado pela preocupação com o aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos e na Europa.

"Está se tornando difícil para os investidores manter a cabeça fria. O número de novos casos de covid-19 continua a aumentar rapidamente, e um número crescente de países europeus está se movendo em direção a outro lockdown nacional", afirmou à Reuters o analista Milan Cutkovic, da Axi.

O dólar também terminou o dia em queda, cotado a R$ 5,612 na venda (-0,27%). Desde 1º de outubro, a moeda norte-americana pouco variou (-0,07%), mas, no ano, já registra valorização de quase 40% frente ao real.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

De olho nas eleições

Trump e Biden - Morry Gash e Jim Watson/AFP - Morry Gash e Jim Watson/AFP
Imagem: Morry Gash e Jim Watson/AFP

Além da pandemia, a eleição presidencial nos EUA, marcada para 3 de novembro, também impôs ruído aos mercados. Apesar da vantagem do democrata Joe Biden em pesquisas de opinião nacionais, a disputa contra o presidente Donald Trump em estados-chave, como a Flórida, parece mais acirrada.

Paralelamente, agentes financeiros seguem especulando sobre o desfecho da disputa eleitoral. Para o JPMorgan, o S&P 500 deve avançar para 3.900 pontos se Trump for reeleito, o que classifica este resultado como o mais favorável para os mercados de ações.

Enquanto isso, no Brasil, a reunião de decisão de juros do Copom (Comitê de Política Monetária) — com expectativa de manutenção da taxa Selic na mínima histórica de 2% — concentrará as atenções dos investidores locais durante o início da semana, devendo influenciar a cotação do dólar.

"A expectativa fica com o Copom, mas é a ata que mais vai importar para o investidor, em busca de indicações sobre o futuro da taxa de juros", disse à Reuters Fernando Bergallo, ressaltando que "o dólar está se mantendo insistentemente alto".

Além do patamar baixo da Selic, dúvidas sobre como o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) financiaria o Renda Cidadã, futuro substituto do Bolsa Família, sem furar o teto de gastos têm gerado impulsos adicionais à moeda norte-americana em relação ao real.

(Com Reuters)

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