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Obama sai em apoio a Biden e Trump percorre EUA a duas semanas das eleições

21/10/2020 16h34

Washington, 21 Out 2020 (AFP) - Barack Obama entra na campanha eleitoral nesta quarta-feira (21) com seu primeiro ato de apoio a seu ex-vice-presidente Joe Biden, que confortavelmente supera Donald Trump nas pesquisas de intenção de voto a 13 dias da eleição presidencial nos Estados Unidos.

Pelo terceiro dia consecutivo, o candidato democrata, de 77 anos, não tem atividades públicas, enquanto o presidente republicano, de 74, continua a viajar pelos Estados Unidos na véspera do segundo e último debate entre os dois.

Devido à pandemia, Obama falará em um comício "drive-in" e pedirá os votos dos estados onde a votação é permitida antes do dia das eleições.

Ainda muito popular entre os democratas, Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, aparecerá para seus apoiadores na Filadélfia, capital do estado estratégico da Pensilvânia.

"Estamos realmente em uma encruzilhada", disse ele em um vídeo divulgado na noite de terça-feira. "Uma das coisas mais inspiradoras deste ano foi ver tantos jovens americanos entusiasmados, organizando-se e lutando pela mudança", acrescentou ele após meses marcados por manifestações históricas contra o racismo e a brutalidade policial.

"Conheço Joe melhor do que quase ninguém. Estou confiante de que ele será um bom presidente", garantiu.

"Normalmente, ex-presidentes não se envolvem muito na política e certamente nunca na política de seu sucessor", disse David Axelrod, ex-conselheiro de Obama, à CNN. "Acho que essa era a intenção dele, mas Trump o fez mudar", acrescentou.

- Biden reservado -Mais de 40 milhões de cidadãos já votaram pelo correio ou pessoalmente, o que representa cerca de 30% da participação total em 2016.

Naquele ano, Trump venceu com muita força na Pensilvânia, um estado potencialmente crucial ao qual ele voltou na noite de terça-feira após dois comícios no Arizona.

"Tudo o que ele (Biden) faz é ficar em casa", disse Trump na cidade de Erie. Ele está em um hiato de "cinco dias", exagerou para seus apoiadores.

Recém-recuperado da covid-19, o presidente aparecerá na quarta-feira em Gastonia, na Carolina do Norte, outro estado-chave para conquistar a Casa Branca.

Depois de também visitar a Carolina do Norte no domingo, Biden voltou ao seu reduto em Wilmington, Delaware. Ele cumprimentou apoiadores e deu uma entrevista, mas depois se distanciou dos jornalistas, exceto para fazer declarações à imprensa local de estados-chave.

Sua companheira de chapa, a senadora Kamala Harris, de 56 anos, foi à Carolina do Norte na quarta-feira para mobilizar eleitores.

- Último debate -Biden e Trump ficarão cara a cara novamente nesta quinta-feira no segundo e último debate em Nashville, Tennessee.

O primeiro, realizado no final de setembro, foi uma batalha estridente. E nada indica que o amanhã será diferente. Pelo contrário.

Recusando-se a ser considerado presidente de um único mandato, Trump tem se dedicado nos últimos dias a atacar a integridade de seu adversário. Sem fornecer fatos concretos, ele diz reiteradamente que os Biden são "uma família do crime". Trump fala sobre os negócios de Hunter Biden na Ucrânia e na China quando seu pai era vice-presidente de Obama (2009-2017).

Altamente sensível a ataques à família, e às vezes perdendo a paciência, Biden deve estar preparado para suportar os golpes.

Para evitar o caos do primeiro debate, quando um candidato estiver falando, o microfone de seu oponente será silenciado. Essa regra foi considerada "injusta" por Trump.

Assim como em 2016, Trump busca se mostrar como um candidato que não foge da luta e que faz isso pelos americanos.

Questionado sobre várias pesquisas que o mostram atrás de Biden, Trump diz que está confiante em sua capacidade de mobilizar multidões.

"Nunca vimos comícios com tanto amor e tantas pessoas", disse.

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