Topo
Notícias

Petróleo fecha em leve queda, após reunião da OPEP+

19/10/2020 19h18

Nova York, 19 Out 2020 (AFP) - As cotações de petróleo caíram sutilmente nesta segunda-feira (19), após a reunião mensal de ministros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, que não trouxe surpresas.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em dezembro foi cotado a 42,62 dólares em Londres, em baixa de 0,7% sobre o fechamento da sexta-feira.

Em Nova York, o barril de WTI para novembro perdeu 0,1%, a 40,83 dólares.

A OPEP+ (OPEP e aliados) celebrou nesta segunda uma reunião virtual para avaliar o andamento dos cortes da produção decididos em abril, orientados a conter o impacto da pandemia na demanda e nos preços do petróleo.

O cartel e seus aliados, entre eles a Rússia, confirmaram que o corte atual, de 7,7 milhões de barris diários, deve chegar a 5,8 mbd em janeiro de 2021, conforme o previsto, apesar de novas ameaças trazidas pelo novo coronavírus à demanda de energia.

Os 24 países da OPEP+ se mostraram determinados a "fazer o necessário" para assegurar a estabilidade do mercado petrolífero.

"Quero ressaltar a determinação da OPEP+ (os 14 países da OPEP e outros dez exportadores do petróleo, entre eles Rússia e México) de continuar com a estratégia que decidimos por unanimidade", afirmou o ministro de Energia da Arábia Saudita, Abdul Aziz bin Salman. "Faremos o necessário pelo interesse de todos", acrescentou.

Os mercados se debatiam sobre a reação do cartel agora que o horizonte é obscuro para a demanda, em baixa devido às recidivas da pandemia de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos e às medidas de prevenção que ameaçam reduzir o consumo.

Na quinta-feira, o secretário-geral da OPEP, Mohamed Barkindo, admitiu que "a recuperação não está ocorrendo no mesmo ritmo que (tinham) previsto durante o ano".

Os preços do petróleo "se mantêm bastante bem, considerando todas as más notícias", avaliou Eugen Weinberg, do Commerzbank, que descreve uma situação global "preocupante, por um lado devido à fragilidade persistente da demanda e por outro, um aumento da produção" no mundo.

bp-dho/lo/mr/mls/mvv

Notícias