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Homem é achado decapitado perto de Paris; órgão antiterrorista investiga

Policiais e jornalistas em Paris, onde um professor foi decapitado - Reuters
Policiais e jornalistas em Paris, onde um professor foi decapitado Imagem: Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

16/10/2020 16h16

Um homem foi encontrado decapitado hoje à tarde nos arredores de Paris. A vítima seria um professor de história e geografia. O agressor foi baleado pela polícia, que abriu uma investigação por crime de cunho terrorista. Segundo informações da imprensa local, o crime teria ocorrido enquanto o suspeito gritava "Allah Akbar" ("Alá é Grande").

O crime ocorreu por volta das 17h (horário local) perto de uma escola em Conflans Saint-Honorine. O jornal "Le Parisien" informa que a vítima era um professor de História e Geografia no Collège du Bois d'Aulne e nas últimas aulas sobre liberdade de expressão teria mostrado caricaturas de Maomé aos alunos. O suspeito seria pai de um dos estudantes.

A polícia havia sido acionada um pouco mais cedo após a denúncia de que um indivíduo suspeito estava rondando uma escola. Ao chegarem no local, os policiais encontraram a vítima e identificaram o suposto agressor, que tentou fugir para uma cidade vizinha. Segundo informações divulgadas no início da noite, o homem usou um objeto cortante para ameaçar os policiais, que reagiram atirando. O suposto autor do ataque foi morto pela Polícia, disse uma fonte judicial.

A Procuradoria Nacional Antiterrorismo determinou a abertura de uma investigação sobre "assassinato em conexão com uma ação terrorista" e "conspiração criminosa terrorista". O ministro francês do Interior da França, Gérald Darmanin, atualmente em Marrocos, decidiu voltar imediatamente para Paris.

A França vive sob a ameaça terrorista desde os ataques contra o jornal satírico Charlie Hebdo, há cinco anos. Em setembro passado um homem armado com um facão de açougueiro deixou duas pessoas feridas diante da antiga sede da publicação, após a divulgação de novas charges do profeta.

* Com informações de AFP, RFI e ANSA

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