Conamp: 'deve-se ter um olhar sobre o impacto da decisão antes dela ser tomada'
Segundo a Conamp, a decisão do Supremo 'corrige uma interpretação isolada' sobre o artigo 316 do Código de Processo Penal que passou a prever a revisão, de ofício, a cada 90 dias, por parte da autoridade judiciária, da prisão preventiva decretada.
Em nota, a entidade apontou ainda que 'as rotinas de atuação e de metodologia, habituais à atuação forense não podem justificar uma decisão que coloca em liberdade um cidadão extremamente perigoso, que já causou dano social gigantesco.
"Deve-se ter sempre um olhar sobre o impacto da decisão antes dela ser tomada. Neste caso, a participação e contribuição do Ministério Público são fundamentais", escreveu Manoel Murrieta, presidente da Associação.
A entidade defende que o entendimento 'mais adequado' para artigo 316 do CPP é o de que a revisão de prisões preventivas é 'desnecessária' quando já há uma condenação. A posição foi defendida por ministro durante o julgamento que teve início nesta quarta, 14. Além disso, na avaliação da associação, a discussão do caso 'reforça a bandeira da prisão em segunda instância'.
"A decisão do ministro Luiz Fux de levar o caso ao plenário da Suprema Corte, assim como, o resultado parcial, mas já conclusivo da votação, são importantes para pacificar o assunto em um momento preocupante em que uma interpretação equivocada pode trazer problemas futuros para outros processos similares", afirma ainda a Conamp em nota.
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