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China passou de compradora a alvo de empresas ocidentais

25/09/2020 11h29

Paris, 25 Set 2020 (AFP) - O investimento estrangeiro na China superou o investimento chinês no exterior nos primeiros cinco meses de 2020, resultado das barreiras determinadas pelos Estados como forma de proteção do gigante asiático, afirma um estudo da consultoria Baker McKenzie.

Temendo que as empresas consideradas estratégicas, em particular do setor farmacêutico, acabem sob controle chinês pela recessão provocada pela pandemia de covid-19, vários Estados endureceram as normas de investimento estrangeiro direto (IED).

Em particular os países reduziram os limites para a aquisição de ações que exigem a aprovação das autoridades.

Este é o caso da Austrália, que reduziu o limite a zero, mas também da França (25%), Espanha (10%) e Alemanha, além do Reino Unido em breve. Somente os Estados Unidos permanecem afastados da tendência.

Como resultado, nos primeiros cinco meses de 2020 os investimentos chineses caíram 93% na Europa e 89% na América do Norte, a 1,4 bilhão de dólares e 700 milhões de dólares respectivamente.

Os números devem ser considerados no contexto das aquisições estrangeiras na China, que alcançaram nove bilhões de dólares entre janeiro e maio, superando "pela primeira vez em 10 anos" o IED chinês no exterior.

"A Ásia é agora o principal objetivo do apetite chinês, com 4,3 bilhões de dólares investidos entre janeiro e maio", indica o estudo.

evs/aue/eb/pc/eg/fp

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