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Marcel Marcondes, da AB InBev: "o centro de gravidade do marketing mudou"

do UOL

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/09/2020 04h01

A AB InBev é a maior cervejaria do mundo. Dona de marcas como Stella Artois, Beck's e Budweiser, a AB InBev atua em mais de 14 países no mundo todo. A empresa também é dona da Ambev, maior cervejaria do Brasil.

Nesta semana, o episódio número 54 do podcast Mídia e Marketing, do UOL, conversa com Marcel Marcondes, líder do marketing da empresa para o mercado norte-americano.

Marcel, que mora nos Estados Unidos desde 2014, destaca diferenças entre a propaganda norte-americana e brasileira, fala sobre como a empresa cria suas campanhas para o Super Bowl e explica como a publicidade é importante no mercado multicultural dos EUA.

"Quando a NBA (liga de basquete profissional norte-americana) resolveu parar, o país inteiro viu o quanto [a pandemia] era sério. Aí colocamos as ações, que já estávamos preparando, em prática", declara (no arquivo acima, este trecho está a partir de 5:33).

Segundo o executivo, o marketing tem, há algum tempo, um novo centro de gravidade: o consumidor. Para ele, a publicidade precisa se adaptar às pessoas —e não o contrário.

"O centro de gravidade do marketing mudou. Quando você se torna relevante para as pessoas, elas reagem de um jeito exponencial. Elas te respeitam e têm admiração pela sua marca. O marketing tem que ser porta-voz do consumidor", declara (a partir de 17:58).

Sobre as diferenças na propaganda norte-americana e brasileira, o executivo é enfático. "O marketing tem que saber liderar os processos comerciais das empresas. Nos Estados Unidos, ele é mais agressivo, mais competitivo. A publicidade no Brasil é muito humana", afirma (no arquivo acima, este trecho está a partir de 24:38).

Ele ainda explica como suas equipes têm trabalhado numa rotina que se assemelha muito ao jornalismo, por aproveitarem notícias e tendências que estão impactando a sociedade em tempo real.

"A gente tem uma rotina de publisher, muito mais parecida com a de jornalista. Acompanhamos todos os dias as conversas da sociedade, para entrarmos na intersecção entre o que é relevante para as pessoas e o que sua marca representa" (a partir de 30:43).

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