Na ONU, Bolsonaro faz apelo contra 'cristofobia': 'País é cristão e conservador'
Emilly Behnke e Elizabeth Lopes
Brasília
22/09/2020 12h19
Para Bolsonaro, a liberdade é o "maior bem da humanidade" e o terrorismo deve ser repudiado. "A cooperação entre os povos não pode estar dissociada da liberdade. O Brasil tem os princípios da paz, cooperação e prevalência dos direitos humanos inscritos em sua própria Constituição, e tradicionalmente contribui, na prática, para a consecução desses objetivos."
Reforçando a pauta conservadora do seu governo, Bolsonaro afirmou, no final do pronunciamento, que "o Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base", além de fazer um apelo em defesa da religião cristã. "Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia", disse.
Oriente Médio
Bolsonaro afirmou que vê um momento propício a "abertura de novos horizontes, muito mais otimistas para o futuro do Oriente Médio". "Os acordos de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, e entre Israel e o Bahrein, três países amigos do Brasil, com os quais ampliamos imensamente nossas relações durante o meu governo, constitui excelente notícia", declarou.
Como já fez antes, o mandatário elogiou o "Plano de Paz e Prosperidade" lançado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Bolsonaro, o plano tem "uma visão promissora para, após mais de sete décadas de esforços, retomar o caminho da tão desejada solução do conflito israelense-palestino".
"A nova política do Brasil de aproximação simultânea a Israel e aos países árabes converge com essas iniciativas, que finalmente acendem uma luz de esperança para aquela região", acrescentou.
O presidente destacou ainda a atuação humanitária brasileira na Operação Acolhida, que recebe venezuelanos na fronteira com o Brasil em Roraima, e prestou solidariedade ao povo libanês. "Também quero reafirmar minha solidariedade e apoio ao povo do Líbano pelas recentes adversidades sofridas."