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Veja quem pode substituir Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte dos EUA

Ruth Bader Ginsburg morreu ontem aos 87 anos - Getty Images
Ruth Bader Ginsburg morreu ontem aos 87 anos Imagem: Getty Images

Washington

19/09/2020 16h52

A morte de 87 anos da juíza progressista da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg dá ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a oportunidade de nomear um juiz que defende os valores cristãos conservadores.

Trump poderá fazer em seu mandato a terceira indicação à alta corte, inclinando-a ainda mais para a direita. O presidente tem a maioria republicana no Senado, que em última instância se encarregará de aprovar o indicado.

O Executivo há muito se preparava para substituir RBG, como a juíza era conhecida, por ela ter câncer e muitas vezes ser hospitalizada.

Em 9 de setembro, Trump divulgou uma lista de candidatos potenciais em um gesto destinado a mobilizar seus eleitores, especialmente aqueles que se opõem ao aborto.

Essa lista é apenas indicativa. Na verdade, os dois juízes da Suprema Corte que ele indicou em 2017 e 2018 não estavam em uma lista inicial divulgada pela Casa Branca em 2016.

Aqui estão alguns daqueles com a preferência de Trump:

- Amy Coney Barrett, defensora da religiãoSe for nomeada, Amy Coney Barrett seria a única juíza conservadora da Suprema Corte. As outras duas juízas são considerados progressistas.

Com 48 anos, criada em um bairro de classe trabalhadora em Nova Orleans, ela frequentou um colégio católico, seguiu uma brilhante carreira de estudante em uma instituição da Igreja Presbiteriana no Tennessee e, finalmente, se formou na Universidade Notre Dame em Indiana.

Ela foi assistente de Antonin Scalia, um conservador juiz da Suprema Corte que morreu em 2016.

- Thomas Hardiman, um passado republicanoJuiz federal de apelações em Pittburgh, Pensilvânia, Thomas Hardiman ganhou notoriedade ao afirmar, por exemplo, que a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão, não permite que os cidadãos filmem policiais.

Com 55 anos, filho de um motorista de táxi, passou a infância em Massachusetts. Foi o primeiro de sua família a frequentar a universidade e, trabalhando em um táxi, pagou seu curso de direito na Universidade de Georgetown.

Outrora republicano militante e conservador convicto, Hardiman trabalhou com a juíza Maryanne Trump Barry, irmã do presidente.

Em muitos casos envolvendo pessoas condenadas à morte, ficou do lado daqueles que buscavam aplicar a pena de morte.

Disse ser a favor de encarcerar aqueles que fossem detidos por um breve período e não apresentassem riscos de segurança.

- Joan Larsen, um pilar conservadorJoan Larsen é uma magistrada do tribunal de apelações de Cincinnati de 51 anos que ganhou a reputação de forte conservadora, contrária a conceder maiores direitos aos homossexuais e a favor de maior firmeza em matéria de detenção penal.

Também foi assistente do juiz Scalia, professora de direito na Universidade de Michigan e atuou na Suprema Corte do estado do Michigan.

- Raymond Kethledge, um "originalista"Raymond Kethledge, 53 anos, é juiz do sexto tribunal distrital de apelações, que cobre o estado de Michigan, cargo para o qual foi indicado pelo presidente George W. Bush.

Defensor fervoroso da livre iniciativa e dos direitos individuais, especialmente o direito à propriedade e ao porte de armas, ele pertence à escola de jurisprudência americana conhecida como "originalista", que considera que a Constituição deve ser interpretada de acordo com o significado que lhe dá criadores.

- Um senador?Os senadores republicanos Ted Cruz, Tom Cotton ou Joshua Hawley também estão na lista de potenciais candidatos reunidos por Trump. A opção por qualquer um deles seria interpretada como uma decisão política e não baseada no uso da lei.

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