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Deputado diz que acionou MP contra o Magazine Luiza por "racismo"

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Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

19/09/2020 20h37

O deputado federal e vice-líder do governo na Câmara Carlos Jordy (PSL-RJ) disse hoje em suas redes sociais que está entrando com uma representação no Ministério Público contra a loja Magazine Luiza. Ele acusa a empresa de racismo por seu programa de trainee.

"Estou representando ao Ministério Público a loja @magazineluiza para que seja apurado crime de racismo no caso do programa de Trainee só para negros. A lei 7.716/89 tipifica a conduta daquele que nega ou obsta emprego por motivo de raça."

O magazine se manifestou respondendo ao tuíte do deputado: "Estamos absolutamente tranquilos quanto a legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações, fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho."

"Ações afirmativas,tais como cotas, existem e são até previstas em lei p/ ingresso no ensino e serviço público, apesar de discordar frontalmente de cotas RACIAS. Porém, a ação da @magazineluiza não se trata de uma ação afirmativa mas de impedir a contratação de pessoas não-negras", respondeu o deputado logo em seguida.

O programa de trainee 2021 da empresa vai abrir vaga apenas para candidatos negros. A escolha foi muito comentada nas redes sociais e colocou a loja como um dos assuntos mais comentados do Twitter hoje.

Os internautas se dividiram entre aqueles que elogiam a medida e aqueles que acusam a Magalu de "racismo reverso" com brancos, usando a hashtag #MagazineLuizaRacista.

O Presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, fez coro às acusações de racismo.

"Magazine Luiza terá que instituir Tribunal Racial no seu RH para evitar que pardos e brancos consigam fraudar o processo seletivo que é exclusivo para pretos. Portanto, terá que fazer a análise do fenótipo dos candidatos, prática identificada com o nazismo."

Já a deputada federal Benedita da Silva (PT) destacou que a Magalu tem 53% de pretos e pardos em seu quadro de funcionários, mas apenas 16% deles em cargos de liderança.

*Com Estadão Conteúdo

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