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Em 30 anos, ex-Alemanha Oriental compensou em grande parte seu atraso

16/09/2020 15h50

Berlim, 16 Set 2020 (AFP) - Trinta anos após a reunificação da Alemanha, a ex-República Democrática Alemã compensou em grande parte seu atraso econômico frente ao Ocidente, mas segue confiando menos nas instituições democráticas, de acordo com um informe anual apresentado nesta quarta-feira (16).

O PIB 'per capita' das regiões da ex-RDA, incluindo Berlim, representa atualmente 79,1% do resto do país, de acordo com o relatório sobre a unidade alemã apresentado esta quarta-feira perante o Conselho de Ministros, quase 30 anos depois do reunificação, em 3 de outubro de 1990.

O progresso tem sido espetacular desde 1990, quando o PIB do lado oriental representava apenas 37%.

"Algumas coisas levaram mais tempo que o esperado. Mas em inúmeros setores, podemos dizer no geral: união alcançada", comemorou o comissário governamental para as novas regiões, Marco Wanderwitz.

A lacuna também foi amplamente superada em termos de receita, a média no Leste em 2018 era de 88,3% em relação ao Oeste, em parte graças, segundo o relatório, a um enorme conglomerado de pequenas e médias empresas (PME), algumas especializadas em "tecnologias avançadas".

No entanto, a lacuna ainda é notável no Oeste, principalmente devido a uma densidade populacional muito menor no Leste, onde as "áreas rurais" continuam populosas e as áreas urbanas são pouco desenvolvidas.

"Outro motivo importante é o 'pequeno porte' da economia, ou seja, a ausência de sedes e/ou grandes empresas" com condições de investir em pesquisa e desenvolvimento, destaca este relatório.

A ex-RDA tinha uma taxa de desemprego de mais de 15% em 2005, atualmente reduzida para menos de 10%, e mesmo, em algumas áreas, em torno de 6%, muito próxima dos 4% registrados em outras regiões do sul do país.

Essa evolução se deve em parte à aposentadoria das gerações anteriores, qualifica o relatório. Em alguns setores, o leste se sai melhor do que o oeste.

As mulheres na ex-RDA têm, por exemplo, maior acesso ao trabalho em tempo integral do que no Ocidente (74% contra 68%), principalmente por causa de sistemas mais eficazes de creches. Mas, apesar dessas melhorias, os indicadores gerais permanecem menos favoráveis, diz o relatório.

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