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Psicólogo 24h, apoio a quem tem filho: como será o retorno aos escritórios

Psiquiatra; terapeuta; psicólogo; terapia; transtorno mental; depressão; burnout Imagem: Getty Images

Vinícius Pereira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/08/2020 04h00

A chegada do coronavírus fez com que o trabalho no escritório fosse interrompido em boa parte do Brasil. Com o início da normalização das atividades em algumas partes do país, contudo, as empresas se preparam para o retorno dos funcionários (ou, ao menos, parte deles) aos locais compartilhados de trabalho.

Para essa volta, as empresas prometem fazer o básico, como fornecer álcool em gel para os colaboradores e manter o distanciamento social, mas também apostam em novas iniciativas, como aplicativos para acompanhamento de sintomas, testagens em massa e até acompanhamento psicológico das equipes.

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Tecnologia a favor dos escritórios

A tecnologia promete ser aliada das empresas no retorno. A companhia de seguros Mapfre, que já tem cerca de 25% dos funcionários de volta à sede em São Paulo, utiliza um aplicativo, feito em parceria com o hospital Albert Einstein, em que cada colaborador deve responder um questionário sobre a própria condição de saúde e sobre os contatos que teve no dia anterior.

"Conforme a resposta, pode-se identificar uma pessoa sem sintomas, desenvolvendo sintomas ou algum risco por causa de contatos e, a partir daí, oferecemos distintos canais de atendimento, desde o teleatendimento até o presencial", afirmou Francisco Labourt, diretor de Recursos Humanos da Mapfre.

Além do app, a companhia também testou todos os empregados antes do retorno. "A partir do fluxo e de quantos dias saem o resultado, estimamos quantos dias o colaborador deve fazer o teste, sempre com a mais perto do início do trabalho", disse Labourt. Os que testaram positivo não retornaram à empresa.

Saúde mental também em foco

Mesmo sem previsão de retorno, a KPMG já vem trabalhando nas possibilidades para quando a volta aos locais físicos ocorrer. A empresa definiu três estágios (com 15%, 30% e 50% dos colaboradores no escritório) para o retorno, além de tomada de temperatura, questionários, distanciamento físico e EPIs gratuitos para os funcionários.

"Sabemos que, enquanto não houver uma vacina, o risco não será eliminado. Então, precisamos de protocolos bastante rígido de limpezas, também na redefinição do protocolo para oferecer segurança e bem-estar às pessoas", disse Roberto Gomez, do Centro de Serviços Compartilhados da KPMG no Brasil.

Mas, além das iniciativas, a empresa também foca na saúde mental dos colaboradores, que, dado a excepcionalidade da pandemia, pode sofrer alterações.

"Não nos interessa, como administradores da empresa, saber quem são as pessoas, mas, sim, as recorrências. Tínhamos 5.000 funcionários e dez acompanhamentos antes da pandemia. Em março, tivemos mais de 300 ligações destacando motivos de ansiedade com receio a contaminação", afirmou Luciene Magalhães, sócia-líder do Comitê de Capital Humano da KPMG no Brasil.

De acordo com Magalhães, a empresa oferece atendimento psicológico 24 horas por dia por meio de uma plataforma e contato com o RH e agentes da saúde da empresa.

Apoio aos pais com filhos em casa

No LinkedIn, além do atendimento 24 horas por dia para oferecer suporte à saúde mental, a companhia, que ainda não decretou a volta ao escritório, oferece também reduções na carga horária aos pais que possuem filhos em casa ou licença remunerada por até 60 dias.

"Temos uma série de iniciativas de apoio aos funcionários que foram implementadas desde o início do isolamento social e serão mantidas enquanto todos permanecerem em casa", disse Alexandre Ullmann, diretor de RH do LinkedIn.

Além disso, há também reuniões de "descompressão" para que os funcionários se sintam menos estressados durante a pandemia e se preparem para um possível retorno, mesmo que o LinkedIn ainda não tenha uma data para isso.

"Não estamos pensando em retorno até o final deste ano mas, quando ocorrer, vamos manter o que já estamos fazendo que é seguir a orientação de especialistas globais em saúde", afirmou Ullmann.

Álcool em gel e limpeza sempre

O Santander conta com cerca de 40% dos funcionários já trabalhando nos prédios da empresa. Para a prevenção, o banco definiu regras para quem acessa os locais.

O Santander conta com álcool em gel, lenços umedecidos, indicação de distanciamento nos elevadores e restaurantes com acesso limitado. O banco também aposta na comunicação para que os trabalhadores não esqueçam das medidas.

"[Temos] comunicações recorrentes em broadcast, email, app de funcionário, cancela de estacionamentos, totens digitais, reforçando todos os protocolos de proteção, bem como sinalizações de distanciamento adesivadas em vários ambientes, como elevadores, entrada do prédio, hall dos elevadores, restaurantes", informou o banco.

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