A maior escavação arqueológica urbana da Europa
Nas escavações, arqueólogos esperam descobrir mais detalhes ou informações que possam preencher lacunas sobre o passado da capital alemã. Exatamente o que pode ser encontrado por ali é um mistério que vai sendo revelado ao longo do trabalho.
O primeiro ano de escavações já rendeu algumas surpresas, como a descobertas de 35 sepulturas no local onde ficava um antigo cemitério que funcionou entre 1708 e 1802. Os ossos encontrados estão sendo analisados e poderão dar respostas sobre as condições de vida dos berlinenses daquela época.
Também foram encontrados fundamentos de um pavilhão militar prussiano construído em 1880. No início dos anos 1920, o local foi transformado num mercado, que ficou conhecido como o Pequeno Alex.
Fundamentos do antigo Grand Hotel, construído em 1894 e que funcionou até o início do século 20, mas acabou destruído na Segunda Guerra, também foram localizados nas escavações. Louças do hotel foram encontradas no solo. Próximo a esta descoberta, os arqueólogos encontraram ainda restos de uma hospedaria datada de 1571. Restos de objetos de diferentes épocas também foram encontrados.
Com previsão de duração de até cinco anos, o projeto prevê a escavação em uma área de 25 mil metros quadrados na região onde nasceu Berlim. Segundo arqueólogos, o local pesquisado abrange aproximadamente 20% da área da cidade histórica de Berlim. Ao fim da escavação, os pesquisadores esperam ter reunido informações valiosas sobre o passado da cidade.
Infelizmente, a maioria dos antigos fundamentos de Berlim provavelmente não poderá ser mantida no local onde ficou por centenas de anos. Na região das escavações está prevista a construção de diversos prédios, e o que desse passado não puder ser removido acabará sendo novamente coberto pelo futuro.
Antes da pandemia, todas as sextas-feiras era possível participar de visitas guiadas gratuitas às escavações. Com as restrições impostas devido ao coronavírus, as visitas foram suspensas. Ainda não há previsão de retorno dessa atividade. O projeto prevê a visitação até o fim das escavações. Quem sabe mais para o fim deste ano seja possível conhecer ao vivo um pouco da história de Berlim e acompanhar o trabalho dos arqueólogos.
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Clarissa Neher é jornalista da DW Brasil e mora desde 2008 na capital alemã. Na coluna Checkpoint Berlim, escreve sobre a cidade que já não é mais tão pobre, mas continua sexy. Siga-a no Twitter.
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