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Senado dos EUA aprova proibição a TikTok em celulares de funcionários do governo

06/08/2020 16h20

Washington, 6 Ago 2020 (AFP) - O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira (6), um projeto de lei que proíbe o download e o uso do TikTok, a rede social do grupo chinês ByteDance, em qualquer dispositivo de funcionários do governo ou membros do Congresso.

O projeto de lei aprovado pelo Senado, controlado pelos republicanos, agora vai para a Câmara dos Representantes (baixa), liderada pelos democratas.

"O TikTok representa um grande risco à segurança e não tem lugar nos dispositivos do governo", tuitou o serviço de imprensa do senador republicano Josh Hawley, co-autor do texto.

O presidente Donald Trump, que confronta a China em uma série de questões incluindo o comércio e a pandemia de coronavírus, estabeleceu a data de 15 de setembro como prazo para que o TikTok seja comprado por uma empresa americana. Caso contrário, será banido dos Estados Unidos.

O projeto de lei aprovado nesta quinta-feira diz que nenhum funcionário do governo, membros do Congresso ou pessoas de empresas do governo podem baixar ou usar o TikTok ou qualquer aplicativo posterior desenvolvido pela ByteDance "em qualquer dispositivo emitido pelos Estados Unidos ou por uma empresa do governo".

As únicas exceções, segundo o texto, serão "qualquer investigação, atividade de pesquisa em segurança cibernética, ação de execução, ação disciplinar ou atividade de inteligência".

O secretário de Estado, Mike Pompeo, revelou na quarta-feira que os EUA querem barrar dos telefones americanos não apenas o TikTok, mas outros aplicativos chineses considerados uma ameaça aos dados pessoais dos americanos.

"Com as empresas matrizes sediadas na China, aplicativos como TikTok, WeChat e outros são ameaças significativas aos dados pessoais dos cidadãos americanos", declarou o chefe da diplomacia, que antecipou no domingo que o presidente Trump "tomaria medidas nos próximos dias" contra os aplicativos de empresas chinesas.

Em meio a tensões políticas e comerciais com Pequim, Washington acusa o TikTok de coletar grandes quantidades de dados pessoais de centenas de milhões de usuários, que podem ser repassados à inteligência chinesa e usados para fins de espionagem. A plataforma sempre negou firmemente as acusações.

Enquanto isso, de acordo com uma publicação do jornal Financial Times nesta quinta-feira, a gigante americana de computadores Microsoft pretende comprar todas as operações da rede social.

De acordo com o jornal britânico, que citou fontes familiarizadas com o assunto, o plano da Microsoft incluiria a compra das operações em todos os mercados em que o TikTok está presente.

No domingo, o grupo havia declarado sua intenção de comprar "o serviço TikTok nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia".

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