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Turbi: mostramos os prós e contras do serviço de compartilhamento de carros

Turbi oferece vários tipos de modelos para locação - e tem até BMW - Vitor Matsubara/UOL
Turbi oferece vários tipos de modelos para locação - e tem até BMW
Imagem: Vitor Matsubara/UOL
do UOL

Vitor Matsubara

Do UOL, em São Paulo (SP)

05/08/2020 04h00

Possuir um carro virou luxo desnecessário para muita gente, especialmente durante a pandemia. E isso tem feito com que serviços de veículos compartilhados surjam como alternativa de locomoção nas cidades brasileiras.

O UOL Carros decidiu testar os serviços da Turbi, empresas de carros compartilhados que atua em São Paulo. Em funcionamento desde 2017, ela conta com uma frota de 1.000 veículos na região metropolitana da capital paulista (incluindo cidades como Guarulhos e Barueri) e pretende ampliá-la a 5 mil até o fim de 2020, mesmo com a pandemia.

Futuramente, a empresa também pretende atuar em outras praças. Cidades como Belo Horizonte, Campinas e Curitiba surgem como candidatas.

Como funciona?

Turbi 1 - Divulgação - Divulgação
Usuário reserva e destrava o veículo pelo aplicativo
Imagem: Divulgação

A locação do veículo funciona via aplicativo, com cadastro sujeito à aprovação. Há ainda a necessidade de um depósito caução como seguro, sendo informado o valor da franquia em caso de acidente.

A frota é formada por oito modelos, incluindo compactos (como Ka, Onix e HB20), sedãs (Mitsubishi Lancer), SUVs (Mitsubishi ASX e Nissan Kicks) e até esportivos (Mini Cooper S e Mini Cooper Cabrio). Todos são equipados com câmbio automático.

Assim como em uma locadora, os carros são alugados por hora, sendo que existe uma taxa extra por quilômetro rodado. Os veículos ficam em estacionamentos espalhados pela cidade e podem ser destravados pelo próprio app.

Já os preços (que começam em R$ 10 por hora no caso dos hatches) diminuem à medida que o usuário loca o veículo por mais tempo.

Viagem circular

Turbi 2 - Divulgação - Divulgação
Empresa usa modelo de 'round trip', no qual carro é retirado e devolvido no mesmo local
Imagem: Divulgação

Seja qual for o modelo de carro escolhido, o procedimento é sempre o mesmo. Através do app, o usuário encontra o estacionamento mais próximo de sua localização e reservar o veículo desejado. A partir daí, tem 30 minutos para chegar ao local onde o carro se encontra. Caso a reserva seja cancelada, uma taxa é cobrada.

No caso da reportagem de UOL Carros, o carro selecionado foi um BMW M235i Gran Coupé, que pertence à concessionária Osten.

O destravamento das portas do veículo também é feito pelo celular. A chave encontra-se no porta-luvas - e devem ser colocadas lá no fim da locação. Ainda antes de sair, o motorista passa por um questionário (com direito a um breve tutorial de como dirigir um carro automático) e reporta se encontrou alguma avaria no veículo. Segundo a empresa, serve para que o cliente não precise arcar com prejuízos causados por outra pessoa.

A partir daí, não há nada diferente em relação a um veículo alugado em uma locadora. O nível de combustível no tanque é informado antes da reserva do carro, mas a Turbi disponibiliza um cartão dentro de cada carro para que o usuário faça o reabastecimento (sem custo adicional) se houver necessidade.

Embora não exista limitação de quilometragem rodada, há um empecilho que limita a mobilidade nas cidades: ao contrário de patinetes e bicicletas, é obrigatório devolver o veículo no mesmo local onde a retirada foi realizada. Esta modalidade de carsharing é conhecida como "round trip" (ou "viagem circular", em livre tradução).

Pode ser útil caso exista um estacionamento nos arredores de sua residência ou de seu trabalho, mas atrapalha quem pensa em utilizar o carro apenas para ir do ponto A ao ponto B, sem retornar ao ponto de partida.

Questionada pela reportagem de UOL Carros, a Turbi afirmou que adotar um serviço de "one way trip" (no qual é possível devolver o carro em um ponto diferente da retirada) demandaria uma logística muito complexa e poderia até encarecer os custos do serviço.

Ao encerrar a viagem, o usuário precisa estacionar o veículo no mesmo local de onde partiu, colocar a chave no porta-luvas e responder algumas perguntas antes de trancar o carro pelo aplicativo.

No geral, a análise da reportagem é que o serviço oferecido é acessível e chega a sair mais em conta até do que a Uber em alguns casos. O ponto negativo acaba sendo a necessidade de iniciar e encerrar sua viagem no mesmo local. Se isso não for um problema para você, vale a pena.

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