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Flórida tem menos casos de coronavírus, mas crise em Miami-Dade persiste

26.jun.2020 - Moradores da Flórida (EUA) fazem fila para entrar em restaurante em Miami Beach, na Ocean Drive - Chandan Khanna/AFP
26.jun.2020 - Moradores da Flórida (EUA) fazem fila para entrar em restaurante em Miami Beach, na Ocean Drive Imagem: Chandan Khanna/AFP

30/06/2020 01h22

Miami, 29 jun (EFE).- A Flórida registrou 5.266 novos casos de infecção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um número muito inferior aos dos últimos três dias, o que poderia ser explicado pela menor testagem, mas o condado de Miami-Dade e notificou mais 1,5 mil novos contágios.

O número de pessoas contaminadas desde 1º de março aumentou para 146.361, das quais 3.447 morreram do vírus até hoje, 28 a mais do que ontem, de acordo com o Departamento de Saúde da Flórida.

Pela primeira vez nos últimos três dias, o número de infecções diárias não excedeu 8,5 mil, embora apenas 41.626 testes tenham sido realizados nesta domingo. No sábado, foram 72.195.

Em Miami-Dade, o principal foco da covid-19, a contagem de infecções cresceu nesta segunda, com um recorde de 1.508 contágio. Já são 35.222 em todo o condado, com 975 vítimas do vírus SARS-CoV-2.

Das 28 mortes registradas na Flórida pela doença nas últimas 24 horas, 22 foram em Miami-Dade, que está cada vez mais longe dos outros condados da Flórida na escalada da pandemia.

Em Broward, o segundo condado mais afetado, os casos ficam em 15.045, com 425 nas últimas 24 horas, mas não houve óbitos no período, o que mantém o número de vítimas em 382. Já Palm Beach tem 13.711 contágios, 322 deles de ontem para hoje, e 503 mortes

Desde 1º de março, as internações por coronavírus totalizam 14.354, com as 218 registradas nas últimas 24 horas, de acordo com os números do Departamento de Saúde. O estado está na Fase 2 das três etapas do plano de saída gradual da quarentena do governador Ron DeSantis, que começou em maio.

UM 4 DE JULHO DIFERENTE.

Apesar do evidente aumento do contágio, especialmente em Miami-Dade, DeSantis sustenta que a reabertura deve ir em frente e acredita que tornar o uso de máscaras obrigatório em locais públicos em nível estadual não serviria para deter o vírus.

Miami-Dade e outros condados tomaram tais medidas, incluindo a proibição de acesso às praias para celebrar o 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos, para evitar multidões.

Da próxima sexta-feira até o próximo dia 7, as praias de Miami-Dade, Broward e Palm Beach estarão fechadas. Muitas cidades suspenderam a tradicional queima de fogos.

O prefeito de Palm Beach, David Kerner, declarou à imprensa nesta segunda que tomou a decisão porque está preocupado com as pessoas que poderiam se deslocar de Broward e Miami-Dade se as praias fossem mantidas abertas.

A mesma medida foi determinada pelo prefeito do condado de Broward, Dale Holness. Ele advertiu que aqueles que não cumprirem a proibição enfrentarão acusações criminais e civis.

Para as autoridades estaduais, o aumento do número de casos na última semana deve-se ao contato comunitário entre os jovens, especialmente nos bares, muitos dos quais reabriram em 5 de junho, após três meses.

O Secretário do Departamento do Trabalho e Regulamentação da Força de Trabalho, Halsey Beshears, emitiu na última sexta uma ordem proibindo o consumo de álcool nesses espaços, uma regra que não afeta restaurantes ou outros negócios onde menos de 50% de seus lucros provenham da venda de álcool. EFE

ado/dr

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