Cinema e loja no mesmo endereço desafiam quarentenas 100 anos depois em BH
Em 1918, quando o mundo enfrentava a pandemia da gripe espanhola assolava o mundo, o dono de uma rede de cinemas de Belo Horizonte se recusou a fechar as portas do estabelecimento.
Na época, o empresário Gomes Nogueira alegou que o cinema poderia levantar "o ânimo abatido do povo flagelado e dar-lhe confortante espairecimento" durante a quarentena.
Depois de muitas críticas, o empresário desistiu de manter o cinema aberto.
Quase 102 anos depois, o jornal o Estado de Minas flagrou uma loja que funciona no mesmo endereço do antigo cinema, na Avenida Afonso Pena, com as portas abertas, agora em meio a pandemia do coronavírus.
Para evitar que lojas e outros comércios não essenciais sigam funcionando, o prefeito da cidade, Alexandre Kalil (PSD), afirmou hoje nas redes sociais que vai assinar um decreto de fechamento do comércio que passa a valer a partir de amanhã.