"Crise Mandetta" atrasa divulgação de informações sobre auxílio de R$ 600
A segunda-feira foi de um assunto só no Palácio do Planalto: a permanência ou não do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Apesar do problema de caráter político, o dia terminou sem respostas importantes para outra área: afinal, e o calendário de pagamento do auxílio emergencial de R$ 600?
A promessa do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, é que algumas pessoas poderiam receber já amanhã. Na sexta-feira, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que trabalharia para resolver questões do aplicativo que será lançado amanhã e prometeu maiores detalhes hoje. "Na segunda, vamos divulgar detalhes do aplicativo, do site e da central de atendimento telefônico", disse na ocasião.
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Agora, a coletiva está remarcada para amanhã de manhã. Segundo aviso do Palácio do Planalto, Onyx, Guimarães e o ministro da Economia, Paulo Guedes, darão as explicações à população a partir das 9 horas.
Briga política
No domingo, o presidente Jair Bolsonaro deu mais uma demonstração de insatisfação com o protagonismo de Mandetta na crise do coronavírus e passou o recado de que podia assinar sua demissão, ao dizer que não tinha medo de usar a sua caneta.
Hoje, na hora do almoço, Bolsonaro reuniu os ministros palacianos e alimentou ainda mais os rumores da saída de Mandetta ao convidar para a reunião o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra, apontado como um possível substituto de Mandetta. Também esteve no encontro a médica Nise Yamaguchi, imunologista, que defende o uso de hidrocloroquina para o tratamento de coronavírus.
Em meio às discussões políticas, o monitoramento das redes sociais, contatos com aliados políticos e os militares atuando como bombeiros, na reunião que terminou há pouco ficou acertada a manutenção de Mandetta no cargo. Só não se sabe até quando.