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Governo da Venezuela rechaça "autoproclamação" de Áñez na Bolívia

13/11/2019 17h11

Caracas, 13 nov (EFE).- O governo da Venezuela rechaçou nesta quarta-feira o que disse considerar uma "autoproclamação" da senadora Jeanine Áñez como presidente da Bolívia e a acusou de "usurpar" o cargo após a renúncia de Evo Morales no último domingo.

"A Venezuela manifesta firme reprovação à paródia representada ontem na Assembleia Legislativa boliviana, que culminou na ilegal autoproclamação de uma parlamentar como suposta chefe de Estado, ato com o qual se pretendeu dar carta de naturalidade e legitimidade à deposição forçada (de Morales)", afirmou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores venezuelano.

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O governo de Nicolás Maduro pediu à comunidade internacional "para que ajude na restituição da ordem constitucional, rechaçando o esquema parlamentar que se pretende impor e que conduz inevitavelmente a uma maior instabilidade política e social".

A nota também manifesta preocupação por uma "recorrência dessas fórmulas utilizadas pela direita golpista da região para assumir o poder político (...) através de retorcidas interpretações das normas constitucionais".

Para a Chancelaria venezuelana, a sessão parlamentar na qual Áñez assumiu a presidência da Bolívia, é uma "ação espúria", porque ocorreu "com a assistência de apenas um terço dos parlamentares, muito longe do quórum necessário para que a Assembleia Legislativa pudesse se manifestar legalmente".

A Venezuela também culpou a Organização dos Estados Americanos (OEA) por ser o "instrumento principal do imperialismo para executar o golpe de Estado na Bolívia, através do desenvolvimento de uma falsa auditoria eleitoral".

Áñez assumiu ontem a presidência interina da Bolívia em uma sessão parlamentar com a ausência dos representantes do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales.

A opositora foi reconhecida como presidente interina pelo chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, por sua vez reconhecido como presidente em exercício da Venezuela por mais de 50 países. EFE

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