Bolsonaro fala em "invasão" e contradiz Eduardo sobre situação da embaixada
Resumo da notícia
- Jair Bolsonaro disse repudiar "a invasão da Embaixada da Venezuela por pessoas estranhas à mesma"
- Horas antes, o filho dele Eduardo Bolsonaro havia afirmado que se tratava "do certo, o justo"
- Embaixada foi invadida nesta manhã por apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela
- Ato causou preocupação na ONU e foi criticada pelo chanceler da Venezuela
O presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL-SP, divergiram na manhã de hoje ao analisarem a invasão que ocorreu na embaixada da Venezuela em Brasília.
Bolsonaro usou seu perfil nas redes sociais para repudiar a invasão da embaixada feita por pessoas ligadas a Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela.
"Repudiamos a invasão da Embaixada da Venezuela por pessoas estranhas à mesma. Já tomamos as medidas necessárias para resguardar a ordem, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", foi a mensagem postada no perfil oficial de Jair Bolsonaro.
Pouco tempo depois, a mensagem postada no perfil do presidente foi apagada e substituída por uma nova versão.
"Diante dos eventos ocorridos na Embaixada da Venezuela, repudiamos a interferência de atores externos. Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas."
Mais cedo, Eduardo Bolsonaro usou seu perfil no Twitter para analisar a invasão e disse: "Ao que parece, agora está sendo feito o certo, o justo".
"Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela, por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", escreveu Eduardo.
Eduardo Bolsonaro seguiu defendendo a invasão da embaixada venezuelana em seu perfil no Twitter mesmo após o governo e seu pai emitirem declarações oficiais repudiando o ocorrido.
A declaração de Eduardo Bolsonaro causou "pânico e indignação" em uma ampla parcela do Itamaraty, como revelou o Blog do Jamil Chade.
A invasão da embaixada também causou preocupação na Organização das Nações Unidas. A entidade emitiu um alerta após ser questionada pelo jornalista.
"Como resposta, a ONU declarou: "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países, em linha com a Convenção de Viena".
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