Trump conversa com Bolsonaro e oferece ajuda e apoio no G-7
Beatriz Bulla, correspondente. Colaborou Tânia Monteiro
Washington
24/08/2019 08h00
Os Estados Unidos ainda se comprometeram a responder que a Amazônia só deve ser discutida com a presença e a participação ativa do Brasil. Isso caso Macron aborde o assunto no G-7. Trump tem se mantido em lado oposto aos europeus no debate de proteção ambiental. Ele retirou os EUA do Acordo de Paris - convênio global que prevê esforços para conter o aquecimento global - e, em junho, no G-20, mais uma vez se manteve isolado diante da renovação de compromisso dos demais países em tomar medidas para conter a mudança climática.
A defesa tem uma conversa só com presença do Brasil também teria sido defendida pelo premiê da Espanha, Pedro Sánchez. Ele teria dado apoio a Bolsonaro em telefonema. O brasileiro ainda ligou para o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que também teria apoiado.
Mais cedo, fonte do alto escalão do governo afirmou que os Estados Unidos "estão preocupados com o impacto dos incêndios na Amazônia nas comunidades, na biodiversidade e nos recursos naturais do Brasil e da região". Oficialmente, o Departamento de Estado informou não ter sido procurado, "mas continua trabalhando com o Brasil no aumento do investimento em florestas saudáveis".
Iniciativa diplomática. Segundo apurou o Estado, a gestão Bolsonaro vai chamar o embaixador francês no Brasil em razão dos ataques de Macron. O gesto de convocar o representante é simbólico e demonstra total insatisfação com a França. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.