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Guedes confirma estudos para acabar com deduções e baixar alíquotas do IR

do UOL

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

08/08/2019 19h35Atualizada em 08/08/2019 19h43

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (8) que é melhor acabar com todas as deduções do Imposto de Renda e diminuir as alíquotas, possibilidade divulgada em reportagem da Folha.

"É regressivo, é ineficiente. Melhor tirar todas as deduções e baixa um pouquinho a alíquota, que é muito mais simples. Então, vamos fazer coisas desse tipo. Vamos simplificar radicalmente tudo que for possível simplificar", afirmou, durante evento do banco BTG Pactual em São Paulo.

"Você hoje bota uma alíquota de 27,5%, depois deixa o cara deduzir. Fica todo mundo em casa juntando papelzinho de dentista, papelzinho de médico."

Guedes afirmou que as deduções são regressivas, ou seja, atingem mais os que têm menos renda. "O pobre vai no sistema social, depois não recebe 'refunding' [reembolso] nenhum."

Proposta de reforma tributária

O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse mais cedo que o governo quer apresentar o próprio texto de reforma tributária na semana que vem. Segundo ele, o texto será "intermediário" entre as propostas que estão hoje no Congresso Nacional, abordando ainda alguns itens que não são tocados, como Imposto de Renda e a redução de taxas na folha de pagamentos.

"A proposta do governo trará enorme simplificação na apuração do imposto devido", disse Cintra.

Capitalização da Previdência

O ministro voltou a defender que o sistema de capitalização pode voltar à pauta do governo no futuro. O regime era uma das prioridades de Guedes na proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso em fevereiro, mas foi retirado do texto pela Câmara dos Deputados.

"O presidente Bolsonaro várias vezes se referiu: você prefere ter mais direitos e menos empregos, ou seja, o regime trabalhista e previdenciário atual, ou você prefere ter um pouco menos de direitos e muito mais empregos. Ou seja, o sistema que nós estávamos querendo criar, em direção ao regime de capitalização. Isso pode ser revisitado ali para frente", afirmou.

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