Presidente do Irã diz que novas sanções mostram que EUA não querem dialogar
Teerã, 25 jun (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, disse nesta terça-feira que as novas sanções dos Estados Unidos revelam que as pretensões de Washington sobre eventuais diálogos com Teerã são uma mentira.
Utilizando o site oficial da presidência, Rohani questionou: "Os americanos não querem negociar? Se eles são honestos, por que eles punem o ministro das Relações Exteriores do Irã ao mesmo tempo em que fingem que querem negociar? Então é evidente que mentem".
"Eles pelo menos deveriam esperar um pouco, para o mundo duvidar se a pretensão de negociar é verdadeira ou falsa", acrescentou o presidente em uma reunião com o ministro da Saúde e outros funcionários de alto escalão do ministério.
Rohani ressaltou o curto prazo transcorrido desde que Washington propôs negociações ao Irã até anunciar ontem que colocará o ministro das Relações Exteriores na lista de sanções. "Com as sanções demonstraram imediatamente suas mentiras, que não estão buscando uma negociação".
"Os americanos estão confusos e fazem coisas estranhas sem precedentes no mundo da política", exclamou Rohani.
"Felizmente, o que os Estados Unidos estão fazendo nestes dias aponta as falhas de seus programas e o fracasso definitivo em nível político", completou Rohani.
Com as medidas adotadas, os EUA "esperavam que o país entrasse em colapso em dois ou três meses", mas agora vê que, diante de qualquer medida tomada, a nação iraniana avança com mais força em todos os campos.
O presidente iraniano explicou que o drone americano derrubado pelo Irã em 20 de junho tinha violado o espaço aéreo do país e que os iranianos reagiram, depois de várias advertências "nos primeiros minutos".
Rohani elogiou ainda o fato de que o míssil que derrubou o drone foi construído no Irã.
"Não buscamos humilhar os EUA, mas esta ação criou um grande espírito para a nação iraniana e demonstrou que temos as capacidades necessárias para resistir à ameaça dos inimigos", destacou.
Rohani também indicou que o limite da "paciência do Irã" está em não violar suas linhas vermelhas, que são "as fronteiras do país".
"Quando um avião cruza as nossas fronteiras, cruzou a nossa linha vermelha e temos direito de nos defender", finalizou. EFE
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