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Vendedora de balões é arrastada por 150 m no DF: "vi a morte de perto"

17.jun.2019 - Vendedora de balões Marina Izidoro de Morais, 63, mostra os ferimentos após ser arrastada por um carro no Distrito Federal - Jéssica Nascimento/UOL
17.jun.2019 - Vendedora de balões Marina Izidoro de Morais, 63, mostra os ferimentos após ser arrastada por um carro no Distrito Federal Imagem: Jéssica Nascimento/UOL
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Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

17/06/2019 15h10

Uma vendedora de balões ficou ferida após ser arrastada por um carro de luxo por cerca de 150 metros, em frente a um colégio particular de Taguatinga Sul, a 20 km do centro de Brasília, no último sábado (15).

Segundo Marina Izidoro de Morais, 63, ela foi arrastada por um casal que não queria pagar o preço da mercadoria: R$ 15 por cada balão. A mulher sofreu ferimentos no lado esquerdo do rosto e na perna.

Ao UOL, ela contou que foi abordada por um casal, que estava dentro de uma Mercedes Benz, depois de trabalhar durante oito horas em uma festa junina. Segundo ela, uma mulher, sentada no banco do passageiro, perguntou o valor dos balões e depois pediu desconto.

"Como já estava no final do evento, decidi fazer por R$ 10. O casal não aceitou o desconto [queriam pagar R$ 20 por três balões], mas depois de um tempo, eles pediram três balões, dois de menino e um de menina. Me abaixei para pegar os produtos, que estavam amarrados no meu braço. Foi nessa hora que a mulher agarrou as cordas, fechou o vidro, e o motorista acelerou o carro, arrancando de uma vez", afirmou a vendedora.

Após ser socorrida, a vendedora de balões foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga. Depois, procurou a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), onde registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal. Ela também foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) e passou por exames de corpo de delito.

"Vi a morte de perto"

Marina, que também trabalha como diarista, disse que viu "a morte de perto."

"Eu só gritava e pedia pra Deus me salvar. Não morri por sorte, mas vi a morte de perto. Só pensava que iria bater a cabeça em algum poste há qualquer momento. Estou traumatizada, não consigo mais dormir. Não entendo o motivo de eles terem feito isso comigo", disse Marina.

Vendedora relata medo de morrer ao ser arrastada

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O caso está sendo investigado pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). Segundo o delegado, que preferiu não dar entrevista, o casal segue foragido.

Em nota, a Polícia Militar disse que em conversa com populares, os policiais militares conseguiram a placa do veículo. A corporação levantou o endereço do carro, mas ninguém foi encontrado na residência.

"Além de todo medo e da dor física, também tive prejuízo financeiro. Ao ser arrastada pelo carro, perdi a maior parte do dinheiro. Além disso, o casal chegou a levar alguns dos balões e, os que sobraram nas minhas mãos estouraram", conta Marina.

O dinheiro arrecadado seria utilizado para pagar o aluguel da casa onde a vendedora mora.

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