Odebrecht entra com pedido de recuperação judicial
A recuperação judicial visa à negociação de dívidas com credores, evitando que elas sejam executadas e levem a empresa à falência. Se o processo é autorizado pela justiça, a empresa deve apresentar um plano de recuperação, acordado com os credores, e ações e execuções contra a companhia são suspensas por seis meses. Durante dois anos, um administrator judicial assume o comando da empresa.
O pedido do grupo incluiu 51 bilhões de reais de dívidas passíveis de reestruturação, 14,5 bilhões de reais de dívidas lastreadas em ações da petroquímica Braskem e 33 bilhões de reais em dívidas com empresas de dentro do grupo. Do processo de recuperação judicial, foram excluídas a Braskem e as companhias operacionais OEC de construção civil, OR de incorporação imobiliária, Ocyan de petróleo, e o estaleiro Enseada.
Os maiores credores da Odebrecht S.A. são bancos públicos – o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal –, e detentores de bônus no exterior.
Em nota, o diretor presidente da Odebrecht, Luciano Guidolin, defendeu o pedido de recuperação judicial. "Representa uma mudança de ambiente para dar continuidade ao nosso esforço de reestruturação financeira. A partir de agora, a negociação se dará em forma coletiva com os credores e se desenrolará com proteção judicial para a empresa e os seus integrantes, e com mais coordenação, segurança e transparência", disse.
Criada em 1944, na Bahia, a Odebrecht S.A. começou com empreiteira e expandiu seus negócios ao longo dos anos. A empresa é uma das principais envolvidas no escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.
A Odebrecht enfrenta dificuldades desde a deflagração da Lava Jato, em 2014, que revelou esquemas de corrupção nos quais a empresa estava envolvida. O grupo admitiu pagar subornos milionários a políticos em 12 países da América Latina e África para obter contratos de obras. Esses pagamentos chegaram a aproximadamente 788 milhões de dólares, segundo as autoridades americanas.
CN/afp/ots
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