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Espanhóis votam para escolher vereadores, deputados regionais e europeus

26/05/2019 04h34

Madri, 28 mai (EFE).- Os espanhóis votam neste domingo pela segunda vez em menos de um mês, desta vez para renovar as 8.000 câmaras municipais do país, as assembleias legislativas de 12 das 17 comunidades autônomas (regiões) e escolher, além disso, 54 deputados do Parlamento Europeu.

O pleito de hoje vai servir também para comprovar o alcance da reviravolta política nacional das eleições gerais de 28 de abril passado.

Os socialistas ganharam então com maioria parlamentar relativa e possibilidades de governar, enquanto o Partido Popular (PP, conservador) se afundou, depois de ter sido a força parlamentar hegemônica desde dezembro de 2011.

Os 23.194 colégios eleitorais abriram às 9h (horário local, 4h em Brasília) e fecharão às 20h (15h). Estão convocados 35,3 milhões de eleitores no pleito municipal e 37,3 milhões no europeu, já que nestes podem exercer o direito de voto residentes comunitários, mesmo que não tenham nacionalidade espanhola.

A campanha eleitoral dos principais líderes políticos foi centrada em questões nacionais e mensagens dirigidas a consolidar ou reverter recuperar, segundo o caso, os resultados das eleições gerais.

Resta saber se o PP, que duela com outros partidos de direita, é capaz de reter o poder territorial que ainda mantém, como os governos regionais de Madri, Castela e Leão, La Rioja e Múrcia.

E saber também se é capaz de recuperar as câmaras municipais da capital da Espanha e de outras cidades importantes, como Valência, que os conservadores perderam em 2015 e são governadas desde então por forças emergentes de esquerda.

Os socialistas tentam aproveitar o sucesso eleitoral do pleito nacional de abril para conservar os governos autônomos de Aragão, Castela-La Mancha, Extremadura e Astúrias, e tirar outras regiões do PP.

Os dois partidos precisam do apoio de outras forças políticas para poder governar em cidades e regiões por causa da grande fragmentação política do país.

Os resultados eleitorais e combinações políticas em grandes cidades e regiões poderiam influir, por sua vez, na composição do governo nacional.

Outra "batalha eleitoral" fundamental é travada na região da Catalunha, onde partidos soberanistas e constitucionalistas brigam pelo poder municipal.

A Catalunha não realiza desta vez eleições autônomas, de maneira que a Câmara Municipal de Barcelona, a capital catalã, se transformou no alvo número um dos independentistas.

As tensões independentistas catalãs concentraram boa parte das mensagens dos líderes políticos, com referências constantes aos deputados presos provisoriamente pelo processo independentista catalão ilegal de 2017, que foi suspenso pelo Congresso espanhol das suas funções. EFE

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