Theresa May renuncia ao cargo devido aos impasses do Brexit
Em lágrimas, May afirmou que "fez seu melhor" e "serviu o país que ama", mas lamentou não ter conseguido conduzir a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), árdua tarefa que ficará para seu sucessor, o qual deve ser escolhido pelo Partido Conservador e depois indicado oficialmente a Downing Street.
Um dos nomes mais cogitados para assumir o posto de May é o ex-ministro de Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres Boris Johnson, que defende um "Brexit hard", ou seja, um desligamento abrupto do Reino Unido da União Europeia, sem negociações e sem termos pré-acordados. No entanto, a oposição pressiona para a convocação de novas eleições.
Até dia 7 de junho, May estará no cargo e receberá o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fará uma viagem oficial ao país. Depois, o Partido Conservador se reunirá para indicar um novo premier. Mas isso pode ocorrer somente no fim de julho, a apenas três meses antes do prazo de 31 de outubro negociado com a União Europeia como data limite para o país se desligar do bloco.
May estava no cargo há três anos, desde a renúncia do ex-premier David Cameron. Contrário à decisão dos britânicos nas urnas de votarem pelo "sim" ao Brexit, Cameron deixou o governo em 2016 e May assumiu com a função negociar o processo de saída com a União Europeia. Com 62 anos de idade, May tentou por três vezes aprovar no Parlamento o acordo com a UE. Em todas as vezes, a Casa rejeitou o texto. Na última tentativa, May prometeu que deixaria o cargo caso o acordo fosse aprovado e até chegou a propor um segundo referendo sobre o Brexit.
Reações - A decisão de May tem sido recebida com respeito pelos líderes europeus. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que May fez um "trabalho corajoso" e pediu que as autoridades britânicas "esclareçam rapidamente" a questão do Brexit. Já o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, disse que "gostava de May, uma mulher de muita coragem que merece grande respeito". Bruxelas, porém, ressaltou que a posição da UE não muda e que o acordo não é negociável. (ANSA)
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