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Conservadores elogiam May, mas consideram que sua saída era necessária

24/05/2019 08h13

Londres, 24 mai (EFE).- Os ministros e deputados do governante Partido Conservador do Reino Unido elogiaram "a dignidade" da primeira-ministra, Theresa May, ao anunciar nesta sexta-feira sua renúncia no dia 7 de junho, mas consideraram que sua saída é necessária.

O ex-ministro de Exteriores Boris Johnson, que renunciou do governo de May e confirmou que pretende sucedê-la, destacou "o discurso digno" da sua antiga chefe e seu "serviço estoico" à sua legenda e ao país.

"É momento de cumprir o que ela pediu: nos unir e realizar o brexit", escreveu Johnson no Twitter.

Na mesma rede social, o atual titular dessa pasta, Jeremy Hunt, outro possível candidato ao cargo, fez um "tributo" à primeira-ministra e afirmou que abordou com "determinação e coragem o enorme trabalho de realizar a saída" do Reino Unido da União Europeia (UE).

O líder dos conservadores na Escócia, David Mundell, elogiou também a "dignidade" do discurso de despedida de May, mas fez um pedido para que "se concentre em encontrar um sucessor".

Mundell afirmou que "talvez injustamente", a primeira-ministra tenha se transformado em um "impedimento para a resolução do brexit ", ao perder sua autoridade no parlamento.

Andrea Leadsom, que na quarta-feira renunciou como líder conservadora na Câmara dos Comuns por desacordos com May, e a secretária do Tesouro Liz Truss - ambas possíveis candidatas à liderança "tory" e do Governo - também destacaram a "dignidade" de sua renúncia.

O ex-ministro do brexit Dominic Raab, que também concorre ao cargo de premiê, ressaltou a "integridade" da sua antiga chefe e a descreveu como "uma funcionária dedicada, patriota e leal conservadora".

A primeira-ministra da Escócia, a independentista Nicola Sturgeon, admitiu que teve "profundos desacordos" com a líder conservadora, mas disse que "ser líder é difícil" e desejou a May "o melhor".

Por parte dos sindicatos, Tim Roache, secretário-geral do GMB, comparou as batalhas internas dos "tories" com a série "Game of Thrones".

"Os trabalhadores estão fartos de que os 'tories' se concentrem em quem vai suceder May no seu cargo quando milhares de pessoas em todo o país estão perdendo o emprego", disse Roache. EFE

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