Principais líderes da extrema direita da Europa realizam grande ato na Itália
Roma, 18 mai (EFE).- O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, organizou neste sábado um ato em Milão, no norte da Itália, junto com outros 10 líderes da extrema-direita europeia, como a francesa Marine Le Pen e o holandês Geert Wilder, antes das eleições para Parlamento Europeu, que aconteceram entre os dias 23 e 26 de maio.
No evento realizado na Piazza del Duomo, o líder do partido italiano Liga negou que seu legenda seja de extrema-direita e afirmou que "os extremistas são os que governaram a Europa nos últimos 20 anos".
"Aqui não está a extrema-direita, mas a política do bom senso. Os extremistas são os que governaram a Europa nos últimos 20 anos", disse o líder da Liga ao tomar a palavra depois dos discursos de outros dez líderes de partidos de Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Eslováquia, Estônia, Finlândia, França, Holanda e República Checa.
O também vice-presidente do governo italiano prosseguiu afirmando que "os extremistas são os da especulação, do desemprego e os que tentaram explicar-nos que não havia alternativa à precariedade".
Além disso, antecipou que a primeira proposta deste grupo no Parlamento Europeu será a "Carta dos Direitos dos Povos Europeus", para que "no lugar do Deus dinheiro esteja o direito ao trabalho, à felicidade e à saúde para nossos filhos e para nós".
Da mesma forma que os demais líderes políticos que discursaram hoje em Milão, Salvini criticou a migração e garantiu: "Se fizerem com que sejamos o primeiro partido da Europa, a política anti-imigração será levada à toda Europa e aqui não entra mais nenhum".
A respeito dos migrantes islâmicos, Salvini especificou que "uma religião que diz que a mulher é menos que um homem não pode mandar na minha casa".
Nesse mesmo sentido, o holandês Wilders,líder do ultradireitista Partido da Liberdade (PVV), pediu o fim da "islamização da Europa".
"Basta de imigração. Basta de islã. Não podemos confiar na elite política (da Europa). Querem impor suas leis. Querem inundar nossos países com mais imigrantes e isto não podemos permitir. Temos que limitar a migração. Temos que parar a islamização", bradou.
Por sua vez, Le Pen, que discursou por último e foi a mais aplaudida, declarou que se está vivendo um momento histórico na Europa.
"Não queremos essa oligarquia sem raízes e sem alma que nos dirige com a ambição de querer a submissão das nossas nações", destacou.
Le Pen criticou especialmente a atual União Europeia na qual existe "uma globalização selvagem, sem regras, que só produz escravos e desempregados".
Como os demais líderes, também atacou a imigração, que, segundo disse, "submete nossos países e põe em perigo nossos povos".
Para a líder da extrema-direita francesa, "a Europa pode encontrar sua coerência e sua força apenas nas nações que a compõem".
Por fim, Le Pen classificou o comício de hoje em Milão como "ato fundador da revolução pacifica e democrática que vê em nossos países o despertar dos povos". EFE
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