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Polícia retira 5 nomes, e lista de desaparecidos em Brumadinho cai para 41

Rio Paraopeba, em Brumadinho, foi tomado pela lama - Cadu Rolim/Foto Arena/Estadão Conteúdo
Rio Paraopeba, em Brumadinho, foi tomado pela lama Imagem: Cadu Rolim/Foto Arena/Estadão Conteúdo
do UOL

Wellington Ramalhoso*

Do UOL, em São Paulo

20/04/2019 10h57

Quase três meses depois do rompimento de barragens da Vale em Brumadinho (MG), os bombeiros e a Defesa Civil ainda buscam 41 desaparecidos. Ontem, cinco nomes foram retirados da lista dos procurados a pedido da Polícia Civil. Ao todo, 231 pessoas morreram na tragédia e tiveram os corpos localizados.

De acordo com a Defesa Civil, os policiais concluíram que os nomes haviam sido incluídos erroneamente e solicitaram a correção da lista. Investigações da Polícia Civil já levaram à retirada de outros nomes colocados equivocadamente na relação. De acordo com a instituição, há casos de pessoas tidas como desaparecidas que reapareceram e casos de nomes trocados ou com grafia errada.

Outra situação é a constatação de que havia pessoas que, na verdade, não estavam na região. Nestes casos, a intenção seria obter vantagem econômica com indenizações, e os responsáveis pelos cadastros dos falsos desaparecidos são investigados por suspeita de estelionato.

O UOL mostrou nesta semana que a busca indenizações tem provocado tensão no sistema público de saúde do município. Os postos de saúde podem emitir comprovantes de endereço, o que levou moradores a pressionar as funcionárias das unidades.

Ainda em relação a indenizações, o Ministério Público manifestou preocupação com um acerto entre a Vale e a Defensoria Pública que permite acordos extrajudiciais e individuais. Para os promotores, as negociações de indenização deveriam ser coletivas.

Buscas continuam

O Corpo de Bombeiros mantém cerca de 140 homens trabalhando nas buscas. Eles se dividem em 24 frentes e contam com o apoio de seis cães e de um drone. A corporação também usa 85 máquinas pesadas em meio aos destroços.

O IML (Instituto Médico Legal) ainda trabalha na identificação de parte dos corpos localizados. As barragens, próximas à comunidade do Córrego do Feijão, se romperam no dia 25 de janeiro. Os rejeitos se espalharam e atingiram outras comunidades e o rio Paraopeba.

* Colaborou Luciana Quierati

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