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Maior que um urso polar: fóssil de mamífero gigante é descoberto no Quênia

Simbakubwa kutokaafrika, mamífero carnívoro gigante que viveu há 22 milhões de anos na África, em ilustração - Mauricio Anton/Reuters
Simbakubwa kutokaafrika, mamífero carnívoro gigante que viveu há 22 milhões de anos na África, em ilustração Imagem: Mauricio Anton/Reuters

Da EFE, em Nairóbi

18/04/2019 17h00

Especialistas em paleontologia identificaram uma nova espécie de mamífero gigante que viveu na Terra há 22 milhões de anos, o "simbakubwa kutokaafrika" ou "grande leão africano" (traduzido do suaíli), graças a um fóssil que estava há anos armazenado no Museu Nacional de Nairóbi, no Quênia.

Segundo um artigo publicado nesta quinta-feira pela revista "National Geographic", este novo animal, apesar do nome, não é um grande felino, como o leão. Na verdade, trata-se do membro mais antigo descoberto de um grupo de mamíferos extintos denominados hienodontes, que têm certa semelhança com as hienas, embora não tenham parentesco.

A nova espécie era carnívora e tinha um tamanho superior ao de um urso polar.

Os responsáveis pela descoberta são os paleontólogos Matthew Borths e Nancy Stevens, que pediram permissão ao Museu Nacional de Nairóbi para revisarem uma gaveta de fósseis estranhos que não tinham sido estudados, marcados como "hienas".

Lá, encontraram a maior parte de uma mandíbula do animal e partes do esqueleto e do crânio, além de dentes.

Os fósseis foram extraídos entre 1978 e 1980 em uma escavação na região de Meswa Bridge, no oeste do Quênia.

A descoberta foi publicada nesta semana na revista especializada "Journal of Vertebra-te Paleontology" e pode ajudar a desvendar os enigmas sobre a evolução e o desaparecimento dos hienodontes.

Estes animais ocupavam o topo da cadeia alimentar nos ecossistemas africanos, onde, por sua vez, os primeiros símios e macacos estavam se desenvolvendo.

"Algo colocou o 'simbakubwa kutokaafrika' à beira do abismo", explicou Borths, citado pela revista "National Geographic".

"As coisas mudaram rápido demais. A população de espécies predadoras não respondeu rápido o suficiente, e estas criaturas finalmente se extinguiram", acrescentou.

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