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Marcas entram na Justiça e retiram nomes da lista suja do trabalho escravo

do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/04/2019 17h45

As grifes Animale e A.Brand entraram na Justiça e retiraram seus nomes da "lista suja" do trabalho escravo, produzida anualmente pelo governo. A última relação, divulgada pelo Ministério da Economia no dia 3 de abril, trazia, além do nome das duas marcas de roupa de luxo, outros 48 empregadores.

As duas grifes agora excluídas da lista pertencem ao grupo Soma, que também detém a Farm, Fábula, FYI, Foxton e Off Premium. Reportagem publicada pela Repórter Brasil em 2017 revelou que a Animale e A.Brand subcontrataram costureiros imigrantes bolivianos e os submeteram a jornadas de mais de 12 horas por dia. Dez trabalhadores foram resgatados em oficinas, onde dividiam o espaço com baratas e instalações elétricas com risco de incêndio.

Na ocasião da divulgação da lista, no começo do mês, as marcas divulgaram um comunicado conjunto, alegando que a inclusão de seus na relação se referia a "um episódio único e isolado ocorrido em setembro de 2017", no qual um fornecedor da marca "subcontratou, sem qualquer consentimento da empresa, serviços de costura onde foram constatadas irregularidades".

Em novo comunicado, divulgado na sexta (12), a Animale e a A.Brand dizem terem sido "incluídas de forma indevida" na lista, e que seus nomes foram agora excluídos pelos órgãos competentes. "Em 27 anos, as marcas nunca compactuaram com a utilização de mão de obra irregular em suas cadeias de produção", completam.

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