Bolsonaro afirma que horário de verão deve acabar
Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (5), que o horário de verão deve acabar. De acordo com o presidente, a decisão ocorre após ter discutido o caso com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O anúncio deve ocorrer em breve.
"A ideia é que não tenha horário de verão neste ano. Está quase certo", afirmou Bolsonaro em encontro com jornalistas no Palácio do Planalto.
Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que a pasta vai finalizar nos próximos dias os estudos sobre o tema. O material será entregue ao presidente Bolsonaro, que decidirá em caráter definitivo pela continuidade ou não do horário de verão no país.
Segundo o ministro, a decisão tem que ser tomada neste momento e não leva em conta apenas dados econômicos, mas outros fatores como sobrecarga e picos de consumo, por exemplo.
O horário de verão não é invenção brasileira
A ideia foi criada pelo político e cientista norte-americano Benjamim Franklin, em 1784. A primeira vez que foi adotado, de verdade, foi início do século 20, durante a 1ª Guerra Mundial, pela Alemanha, país que precisava economizar os gastos com carvão mineral em razão dos tempos difíceis do combate e dos gastos militares.
Com o tempo, outros países também adotaram a mudança anual do horário. No Brasil, ele foi primeiramente utilizado no início da década de 1930 pelo Governo Vargas, que buscava maior economia em tempos de crise econômica mundial.
A partir de 1967, o horário deixou de ser adotado e foi retomado apenas na década de 1980, graças aos problemas de produção de energia nas hidrelétricas.
A adoção do horário, porém, não era padronizada, ou seja, variava de duração e data todos os anos. A regulamentação aconteceu somente em 2008, durante o governo Lula.
Houve mudança em 2018
Em 2018, o horário de verão teve o período total reduzido em duas semanas em relação a anos anteriores, já que o início costumava ser no terceiro domingo de outubro, mas passou a ser no primeiro domingo de novembro. O final continuou no terceiro domingo de fevereiro.
A mudança, assinada pelo então presidente Michel Temer em dezembro de 2017, atendeu a pedido do ministro do STF Gilmar Mendes por conta das Eleições 2018. O ministro recomendou que o horário de verão começasse somente depois do segundo turno das eleições brasileiras, realizadas em 28 de outubro, de forma a evitar atrasos na apuração dos votos e na divulgação dos resultados. Chegou-se a cogitar adiar ainda mais o início, para 18 de novembro, por conta das provas do Enem, mas no fim ficou definido o período de 4 de novembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019.
Em 2019, a decisão sobre o horário de verão depende do presidente Jair Bolsonaro, que sinalizou que a medida deve ser descartada de forma definitiva já a partir deste ano.
(Com informações da Agência Estado e do Mundo Educação)
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