Venezuela acusa Chile e Colômbia de 'submissão' aos EUA
Caracas, 22 Mar 2019 (AFP) - O governo de Nicolás Maduro rebateu nesta quinta-feira as declarações dos presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e Colômbia, Iván Duque, sobre a crise na Venezuela por considerá-las um gesto de "submissão" aos Estados Unidos.
"Mais uma vez fica em evidência a anti-diplomacia, o desrespeito e a submissão aos ditames dos Estados Unidos por parte de dois empresários que defendem seus interesses econômicos particulares acima dos povos da Colômbia e Chile", expressou a chancelaria através de um comunicado.
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Mais cedo, Piñera e Duque se encontraram em Santiago para falar sobre a crise venezuelana numa conversa prévia à reunião de cúpula com sete presidentes que definirá o destino do Prosul, foro que pretende substituir a Unasul.
Segundo a Venezuela, os governos da Colômbia e Chile "utilizados como satélites de Donald Trump, se converteram num instrumento para a agressão contra o povo venezuelano e suas instituições".
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa Washington de liderar uma conspiração para derrubá-lo com o apoio da Colômbia e outros países da região.
Ambos mandatários concordaram em utilizar "todos os instrumentos pacíficos e dentro do Estado de direito" para buscar "sem ideologias e sem burocracias" uma saída para crise política, econômica e social que vive a Venezuela, e que forçou o êxodo de 2,7 milhões de pessoas desde 2015.
"No caso da Venezuela acabou o tempo das posições ambíguas ou as posições fracas, e chegou o tempo de falar forte e claro do que a Venezuela necessita", defendeu Piñera numa declaração conjunta com Duque após a reunião.
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