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PF indicia Lula e seu filho por lavagem de dinheiro

21/03/2019 07h46

SÃO PAULO, 21 MAR (ANSA) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Luis Cláudio, foram indiciados pela Polícia Federal sob a acusação de lavagem de dinheiro e tráfico de influência por beneficiar financeiramente a empresa de marketing esportivo Touchdown.   


De acordo com a informação revelada nesta quarta-feira (20) pelo site "G1", a empresa recebeu mais de R$10 milhões de seus patrocinadores, mas seu capital social era avaliado em apenas R$1 milhão. A Touchdown é alvo de um inquérito da Operação Lava Jato desde 2017. O indiciamento do petista e de seu filho ocorreu em janeiro passado, mas só foi revelado agora por estar sob sigilo.   


O caso é investigado pela Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo, porque a juíza Bárbara de Lima Issepi, da 4ª Vara Criminal Federal da capital paulista determinou que a apuração fosse realizada por uma vara especializada em crimes financeiros. Ainda de acordo com o portal de notícias, o ex-executivo Alexandrino Alencar relatou que o ex-presidente teria pedido ajuda a Emílio Odebrecht para tornar seu filho um "empresário".   


Em delação premiada, Alencar ainda teria apresentado às autoridades alguns recibos de pagamentos por parte da construtora Odebrecht e de Luís Cláudio. Os valores estão relacionados a criação de uma liga de futebol americano no Brasil. Segundo a denúncia, a Touchdown recebeu cerca de R$2 milhões e o filho de Lula teria desembolsado R$120 mil. Luís Cláudio também é acusado de usar um "laranja" para movimentar R$846 mil em 2013. Em nota, a defesa da família Lula afirma que o relatório foi "produzido pela autoridade policial não tem qualquer implicação processual e muito menos afasta a garantia constitucional da presunção de inocência em favor do ex-presidente Lula e de seu filho Luis Claudio". Além disso, é um "mero documento opinativo, com enorme fragilidade jurídica".   


Lula "jamais solicitou ou recebeu, para si ou para terceiros, qualquer valor da Odebrecht ou de outra empresa a pretexto de influir em ato da ex-presidente Dilma Rousseff ou de qualquer outro agente público", ressalta o texto, citando pelo G1. (ANSA)
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