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Moreira Franco é o 5º ex-governador do Rio que vai para a prisão

20.abr.2019 - O ex-ministro Wellington Moreira Franco, saindo da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF) -  MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
20.abr.2019 - O ex-ministro Wellington Moreira Franco, saindo da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF) Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, no Rio

21/03/2019 19h34

Preso hoje na mesma ação que deteve o ex-presidente Michel Temer (MDB), Wellington Moreira Franco (MDB) é o quinto ex-governador do Rio de Janeiro a ir para a prisão em um período de menos de três anos. Assim como o ex-presidente, ele é suspeito de integrar esquema de recebimento de dinheiro de propina, segundo a força-tarefa da Lava Jato.

Os outros quatro ex-governadores do Rio presos foram Luiz Fernando Pezão (MDB), que governou entre 2014 e 2018; Sérgio Cabral (MDB), que cumpriu mandato entre 2007 e 2014; Rosinha Garotinho (PSB), que exerceu o cargo entre 2003 e 2007, e seu marido Anthony Garotinho (PSB), que governou entre 1999 e 2002.

Desses, apenas Pezão foi preso durante o exercício do cargo, por denúncia de corrupção. Os demais foram para a prisão após deixarem os cargos.

Moreira Franco foi governador do Rio de Janeiro entre 1987 e 1991. Após deixar o cargo, ele foi deputado federal por duas legislaturas e ocupou dois ministérios durante o governo de Temer: a Secretaria Geral da Presidência e o Ministério de Minas e Energia.

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Garotinho foi preso a primeira vez em novembro de 2016 por acusações de crimes eleitorais. Ele foi acusado inicialmente de desviar dinheiro de um programa social para suposta compra de votos. Ele voltou a ser detido em setembro e, em novembro de 2017, foi preso juntamente com Rosinha --a prisão da ex-governadora se deu por supostamente arrecadar recursos ilícitos para financiar campanhas eleitorais.

Garotinho, que responde hoje a processos em liberdade, afirma que vem sofrendo perseguição por ter denunciado esquemas de corrupção envolvendo o também ex-governador Cabral. Garotinho e Rosinha, soltos após serem beneficiados por habeas corpus, negam as acusações.

Sérgio Cabral, por sua vez, está preso desde novembro de 2016 e já foi denunciado 29 vezes durante a operação Lava Jato do Rio e seus desmembramentos por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele tem nove condenações, cujas penas totalizam 198 anos e seis meses de prisão.

No mês passado, Cabral admitiu pela primeira vez ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, ter recebido propina durante o período em que foi governador do Rio.

Já Pezão foi preso durante seu mandato, no Palácio das Laranjeiras, em novembro do ano passado. Ele foi acusado pelo delator Carlos Miranda, ex-operador financeiro de subornos a Cabral, de ter se beneficiado do mesmo esquema criminoso chefiado por Cabral.

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