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Integrante do PSL afirma que ministro a chamou para ser laranja na eleição

A então candidata Zuleide Oliveira com Marcelo Álvaro Antônio - Reprodução
A então candidata Zuleide Oliveira com Marcelo Álvaro Antônio Imagem: Reprodução

Do BOL, em São Paulo

07/03/2019 10h16

Zuleide Oliveira, integrante do PSL em Minas Gerais, disse à Folha de S.Paulo que Marcelo Álvaro Antônio, atual ministro do Turismo, a chamou pessoalmente para ser uma candidata laranja nas eleições de 2018. Em contrapartida, ela teria que devolver ao partido parte do dinheiro público do fundo eleitoral. 

Zuleide, inscrita na disputa a deputada estadual, fez uma denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais em 19 de setembro de 2018, mas obteve apenas uma resposta protocolar da Justiça Eleitoral.

O esquema de 'laranjas' foi revelado pela Folha de S. Paulo no início de fevereiro e levou à queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência. A Polícia Federal e Ministério Público de Minas investigam o esquema. 

Em entrevista à Folha publicada nesta quinta-feira (7), Zuleide diz que se encontrou com Álvaro Antônio, a convite dele, no escritório parlamentar do então deputado, em Belo Horizonte, em 11 de setembro de 2018, acompanhada do marido e de um amigo. 

Ela afirma que, no encontro, Álvaro Antônio a orientou a assinar requerimento de solicitação da verba, endereçado ao então presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno. 

Posteriormente, Zuleide teve a candidatura indeferida por ter uma condenação em 2016 por conta de uma briga com outra mulher. Ela acredita que o partido já sabia que ela não poderia se candidatar.

Até hoje, Zuleide não apresentou a prestação de contas à Justiça por se recusar a atender aos pedidos de dirigentes do PSL. A candidata afirma nunca ter ido ao banco ver os extratos. À reportagem da Folha, ela apresentou os santinhos que recebeu do partido, em que aparece ao lado do ministro Álvaro Antônio, conversas de WhatsApp com integrantes do PSL e os e-mails da denúncia feita ao Tribunal Regional Eleitoral de MG e da resposta recebida, dizendo que o caso "seria encaminhado".

Procurado pela reportagem da Folha, o ministro do Turismo diz não se lembrar da reunião. Ele também afirma que jamais indicou profissionais para qualquer candidatura.

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