Assistente de jornalista americano detido na Venezuela é libertado
Miami, 6 mar (EFE).- A emissora de televisão "Local 10", de Miami (Flórida, Estados Unidos), confirmou nesta quarta-feira a libertação de Carlos Camacho, assistente do jornalista Cody Weddle, colaborador do canal, ambos supostamente detidos pela contrainteligência militar da Venezuela.
"Carlos Camacho, assistente do repórter colaborador da 'Local 10', Cody Weddle, foi deixado em liberdade esta tarde por funcionários do governo venezuelano", afirmou a emissora.
A última comunicação de Weddle com o canal aconteceu na tarde da terça-feira quando noticiou a chegada a Caracas de Juan Guaidó, que foi reconhecido por vários governos, entre eles o dos Estados Unidos, como presidente interino da Venezuela.
A "Local 10" afirmou que tinha tentado localizar Weddle sem sucesso desde então e que recebeu relatos não confirmados de que oficiais venezuelanos chegaram na primeira desta quarta-feira na casa do repórter e o levaram.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu hoje a libertação "imediata" de Weddle, detido junto a Camacho aparentemente por funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar (Dgcim) da Venezuela.
Além disso, o Departamento de Estado dos EUA também soliticou ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que liberte o jornalista americano de maneira "imediata".
Weddle, jornalista independente, vive em Caracas desde 2014 e colabora com a emissora em inglês "Local 10", informando sobre a crise política na Venezuela. Camacho, seu ajudante, é de nacionalidade venezuelana, segundo indicou a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), com sede em Miami.
Mais de uma dúzia de jornalistas de França, Chile, Colômbia e Estados Unidos foram detidos e alguns expulsos da Venezuela nas últimas semanas. EFE