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Quatro crianças morrem após desabamento de imóveis em Mauá, na Grande SP

Maria Eloísa e Miguel, mortos após desabamento de casa em Mauá (SP) - Reprodução/Facebook
Maria Eloísa e Miguel, mortos após desabamento de casa em Mauá (SP) Imagem: Reprodução/Facebook
do UOL

Thiago Fernandes, Luciana Quierati e Flávio Costa

Do UOL, em São Paulo

17/02/2019 03h27Atualizada em 22/02/2019 13h31

Resumo da notícia

  • Quatro crianças morreram em dois locais diferentes de Mauá
  • Menino de 4 anos e menina de 11 anos morreram em um dos imóveis; mãe ficou ferida e um homem teve fratura exposta
  • Em outro imóvel, vítimas foram um menino de 8 anos e um bebê de 11 meses
  • Defesa Civil interditou 15 imóveis na região

Os bombeiros localizaram na manhã de hoje o corpo da quarta criança desaparecida em Mauá, na região metropolitana de São Paulo, após o desabamento de dois imóveis por causa da chuva. Os corpos das outras três vítimas foram encontrados pelos agentes durante a madrugada.

Os dois casos ocorreram no Jardim Zaíra, bairro conhecido pelas moradias em área de risco.

Na avenida Cidade de Mauá, foram encontrados os corpos de dois meninos, de 4 e 11 anos. A mãe de ambas também se feriu e foi atendida por uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). No mesmo local, um homem teve fratura exposta na perna e foi encaminhado ao pronto-socorro do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini.

A cerca de 600 metros dali, na rua Ana Altomar, foram encontrados os corpos de Miguel, de 8 anos, e Maria Eloísa, de 11 meses. Ferida, a mãe dos dois, Talita dos Santos Silva, foi levada por vizinhos para um hospital. De acordo com o relato de uma familiar ouvida pela Globo News, ela foi resgatada com ferimentos no couro cabeludo e pedia aos vizinhos para que salvassem a filha. Ela passou por cirurgia durante a noite e seu estado de saúde é considerado delicado.

Quinze imóveis na localidade foram interditados pela Defesa Civil da cidade. Uma nova vistoria começou no final desta manhã. As pessoas que deixaram suas residências preferiram ir para casas de parentes, de acordo com o secretário de governo de Mauá, João Veríssimo, em entrevista à Globo News.

"Nessa época do ano, janeiro e fevereiro, a Defesa Civil procura cadastrar os moradores em área de risco. Muitas delas se recusam a sair, o que é até natural, já que elas não teriam outro lugar para aonde ir", alegou o secretário.

Chuva

Somente na cidade de São Paulo, da 0h do sábado até as 3h30 desta madrugada, foram registradas 81 ocorrências de desabamento e deslizamento de terra, 147 acionamentos para queda de árvore e 62 acionamentos para enchentes/alagamentos, segundo informam os Bombeiros.

A quantidade e a persistência das chuvas fizeram a prefeitura de São Paulo decretar estado de atenção ontem. 

A região de Aricanduva, na zona leste, chegou a entrar em estado de alerta para transbordamentos devido à "iminência de transbordamento" do córrego Aricanduva, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura.

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