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Autoridades de saúde alertam sobre lotes de plasma infectados com HIV na China

Em Pequim

06/02/2019 09h47

As autoridades chinesas alertaram aos hospitais sobre a existência de um lote de tratamento com plasma no qual foram detectados rastros de HIV. No entanto, ainda não se sabe se algum paciente foi contagiado com o vírus, informou nesta quarta-feira (6) o jornal South China Morning Post.

A Comissão Nacional de Saúde da China emitiu ontem um alerta aos hospitais para que suspendessem imediatamente o uso do lote afetado, depois que as autoridades sanitárias de Jiangxi, no sudeste, detectaram rastros de HIV em um lote de mais de 12 mil unidades de 50 miligramas de plasma que vencem em junho de 2021.

Trata-se de um tratamento de imunoglobulina intravenosa produzido pela farmacêutica Xangai Xinxing e que é utilizado para tratar as deficiências imunitárias causadas por doenças como leucemia e hepatite.

A companhia, o segundo maior fabricante de produtos sanguíneos médicos da China, rejeitou fazer comentários sobre estas informações, precisou o jornal independente.

Em seu aviso, a Comissão Nacional de Saúde pediu aos hospitais que notifiquem qualquer informação que tenham sobre o tratamento e vigiem de perto os pacientes aos quais tenha sido fornecido o tratamento.

"Neste momento, o fundamental é esclarecer se o erro foi causado por um doador de sangue ou por um problema com o produto", manifestou um médico de um hospital de Xangai citado por veículos de imprensa locais.

Um representante do Centro Provincial de Controle de Doenças de Jiangxi - que se manteve no anonimato - afirmou que por enquanto não foi detectado nenhum caso de contágio de HIV entre os pacientes.

Este novo escândalo ocorre em meio à desconfiança que existe entre os cidadãos chineses sobre seu sistema sanitário, que viveu outros casos de adulteração de fármacos.

Em janeiro, centenas de pais protestaram após ser revelado que pelo menos 145 crianças tinham recebido vacinas contra a poliomielite vencidas na província de Jiangsu, no leste do país.

Além disso, em julho do ano passado, autoridades detectaram que a farmacêutica Changsheng Bio-Technology tinha utilizado materiais vencidos na elaboração de vacinas liofilizadas contra a raiva de uso humano e não registrava corretamente as datas e os números de série dos produtos pelo menos desde 2014.

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