Jornalista afirma que equipe da Efe se identificou ao chegar em Caracas
Caracas, 31 jan (EFE).- O jornalista Fran Sevilla, da Rádio Nacional da Espanha, disse nesta quinta-feira que chegou à Venezuela no mesmo dia em que os três profissionais da Agência Efe libertados hoje após passarem a noite na prisão e desmentiu a versão do governo de Nicolás Maduro para justificar a detenção.
Segundo ele, todos se identificaram como jornalistas, foram interrogados por funcionários do governo e depois autorizados a entrar no país para reforçar seus respectivos veículos.
"Chegamos ao mesmo tempo ao aeroporto internacional Simón Bolívar. Depois de dizermos que éramos jornalistas na imigração, levaram nossos passaportes e apareceram dois funcionários que não se identificaram para nos interrogar", disse Sevilla à Efe.
"Eles solicitaram dados sobre os hotéis em que nos hospedaríamos, possíveis contatos e revisaram toda nossa documentação de jornalista. Depois de uma hora e meia, a imigração carimbou nossos passaportes e nos deixou passar", completou.
Sevilla foi testemunha que os profissionais da Efe presos em Caracas ontem - os colombianos Leonardo Muñoz e Mauren Barriga e o espanhol Gonzalo Domínguez - estavam autorizados a trabalhar no país. O Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) argumentou que eles não haviam se credenciado para atuar na Venezuela.
Muñoz, Barriga e Domínguez foram libertados na manhã desta quinta-feira. Na parte da tarde, o Sebin autorizou que José Salas, motorista que presta serviço para a Efe, deixasse a prisão.
Sevilla ressaltou que, em todo o momento, o grupo se identificou como jornalista e informou que chegava a Caracas para trabalhar na produção de reportagens para os respectivos veículos.
"Posteriormente, na alfândega, eles levaram todos nossos equipamentos de trabalho - câmeras, computadores e transmissores -, voltaram a pegar nossos passaportes e nos pediram as credenciais dos nossos respectivos veículos de imprensa", explicou Sevilla.
Dezenas de jornalistas estrangeiros chegaram à Venezuela para cobrir de perto a crise política que afeta o país, especialmente depois da autoproclamação como presidente de Juan Guaidó, o chefe da Assembleia Nacional, controlada pela oposição.
Além dos profissionais da Efe, dois jornalistas franceses, presos na terça-feira, foram libertados hoje pelo governo da Venezuela. EFE
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