UE dá "total apoio" a parlamento e pede eleições "críveis" na Venezuela
Bruxelas, 23 jan (EFE).- A União Europeia (UE) manifestou nesta quarta-feira "total apoio" à Assembleia Nacional da Venezuela - parlamento formado basicamente por opositores ao governo de Nicolás Maduro - como a instituição eleita democraticamente no país sul-americano, e pediu que seja aberto "imediatamente" um processo para a realização de eleições "críveis".
"A UE apoia totalmente a Assembleia Nacional como a instituição escolhida democraticamente, cujos poderes têm que ser restaurados e respeitados", disse a alta representante de Política Externa do bloco, Federica Mogherini, em uma declaração em nome da união de países europeus.
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Mogherini se pronunciou assim após o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamar-se presidente interino do país.
A UE pediu "firmemente" o início de um "processo político imediato que leve a eleições livres e críveis, em conformidade com a ordem constitucional".
A política italiana afirmou que hoje "o povo da Venezuela pediu maciçamente democracia e a possibilidade de determinar livremente seu próprio destino".
"Estas vozes não podem ser ignoradas", enfatizou.
Mogherini ressaltou também que se deve "observar e respeitar plenamente os direitos civis, a liberdade e a segurança" da Assembleia Nacional, "incluindo seu presidente, Juan Guaidó".
Além disso, frisou que a violência e o uso excessivo da violência por parte das forças de segurança são "completamente inaceitáveis e é certo que não resolverão a crise".
"O povo venezuelano tem direito a manifestar-se pacificamente para escolher livremente seus líderes e decidir seu futuro", declarou Mogherini.
A chefe da diplomacia comunitária assegurou ainda que a UE e seus Estados-membros "seguem dispostos a apoiar a restauração da democracia e o Estado de Direito na Venezuela através de um processo político crível e pacífico em linha com a Constituição venezuelana". EFE